O Banco de Moçambique(BM) diz que no decurso da sua actividade inspectiva regular, detectou que operações legalmente reservadas a bancos e outras instituições autorizadas a receber depósitos e outros fundos reembolsáveis, “têm sido levadas a cabo, dentro do território nacional, com maior incidência na cidade de Maputo, por pessoas singulares e colectivas sem a devida autorização”.
De acordo com a instituição financeira moçambicana que tem a visão de consolidar-se como uma instituição de excelência que contribui para a estabilidade macroeconómica do País, “tais operações consistem em angariar depósitos, com promessa de pagamento de juros mensais à taxa de 30%”.
Segundo o BM, o mecanismo de angariação consiste “na utilização de um esquema de tipo piramidal, em que o seu sucesso depende da crescente aderência de depositantes e o pagamento dos juros prometidos aos depositantes é assegurado única e exclusivamente pela entrada de novos depositantes”.
Assim, o Banco de Moçambique informa aos moçambicanos e não só, que “os referidos esquemas, para além de tecnicamente insustentáveis, são fraudulentos e ilegais”, pelo que apela a todos os cidadãos, para que não se envolvam em tais esquemas, sob pena de perderem de forma irreparável os recursos entregues.
Referir que o Banco de Moçambique diz que já participou o caso às autoridades competentes, para que “sejam tomadas as medidas apropriadas, visando proteger os cidadãos e a economia nacional, bem como responsabilizar os promotores dos referidos esquemas”.
VERTICAL – 18.07.2016
Nota: Será que o BM já comunicou às entidades competentes para que “sejam tomadas as medidas apropriadas” os empréstimos e avales estatais que lhe foram ocultados “visando proteger os cidadãos e a economia nacional, bem como (para) responsabilizar os promotores dos referidos esquemas”?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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