Aproveitando-se dos ataques
Acusa o vice-presidente da Associação dos transportadores
O Vice-presidente da Associação dos Transportadores da Zambézia, acusa a Renamo através de seus homens armados, de estar a fomentar cobranças ilícitas a transportadores semi-colectivos na via pública.
Baduro Alfredo Henriques fez esta acusação esta segunda-feira (19) em Quelimane, numa entrevista que concedeu a jornalistas quando questionado sobre as possíveis alegações populares e utentes dos transportes semi-colectivos, que dão contas de cobranças ilícitas perpetradas pelas forças governamentais na via pública principalmente na zona de Morrothone no distrito de Mocuba e em Morrumbala respectivamente.
Segundo disse o vice-presidente daquela agremiação, as cobranças ilícitas associadas a extorsão de valores monetários aos utentes nas estradas, tem sido frequentemente feitas pelos homens armados da Renamo não pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), tal como regem os relatos vulgares que muitas vezes as informações são fornecidas não apenas pelos passageiros bem como pelos próprios transportadores. No entender de Baduro, as forças governamentais encontram-se posicionadas na via pública apenas para manter ordem e segurança e tranquilidade públicas visando a protecção e o bem-estar dos passageiros e não para prejudica-los.
O nosso interlocutor foi mais longe ao afirmar que, há casos em que sobressaem certas pessoas com informações especulativas visando manchar o bom nome do governo, mas que para seu ponto de vista quem realmente prática actos ligados a cobranças de dinheiro a pessoas queira sejam passageiros ou não, são homens armados da Renamo e que as tais acções são feitas principalmente na zona de Morrumbala na Zambézia.
Entretanto sabe-se no entanto, que na Zambézia a população tem vindo a reclamar sobre o facto de cobranças ilícitas na via pública, e segundo declarações dos lesados o acto é praticado por ambas partes tanto dos homens armados da Renamo bem como das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e aliado a este cenário, muitos transportadores optaram por parquear seus veículos temendo o pior que aliás, estes também tem sido propensos aos ataques militares.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 19.07.2016