A situação de segurança na vila sede de Mopeia, distrito meridional da província central da Zambézia, regressa a normalidade após o ataque protagonizado durante a madrugada de hoje por homens armados da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique.
Os homens armados, do partido liderado por Afonso Dhlakama, que se presume esteja nas matas de Gorongosa, na província de Sofala, têm tido nos últimos tempos como alvos dos seus ataques os comandos distritais da Polícia da República de Moçambique e as unidades sanitárias.
A preferência por estes alvos resultam do facto de ser onde se podem apoderar de armas de fogo e munições, enquanto nas unidades sanitárias é pelos medicamentos para o tratamento dos feridos durante as investidas contra as Forças de Defesa e Segurança (FDS), em particular na região centro do país.
Todavia, o administrador de Mopeia, Vidal Bila, garantiu que a situação voltou à normalidade, porque a população já tinha voltado para as suas casas e alguns cidadãos a abrir as suas bancas para a venda dos seus produtos.
Portanto, é isso que se me oferece a dizer sobre a situação que tivemos na madrugada de hoje aqui na nossa vila, disse o administrador.
A situação político-militar começou a agudizar-se na sequência dos resultados das eleições presidenciais, legislativas e das Assembleias Provinciais havidas em Outubro de 2014, onde o partido no poder e seu candidato saíram vitoriosos, estando a exercer o mandado de cinco anos iniciado em 2015.
Na sequência da derrota nas eleições gerais, a Renamo e o seu candidato e líder, Afonso Dhlakama, começaram a reivindicar o direito de governar nas províncias onde obteveram a maioria de votos, como são os casos da própria Zambézia, Sofala, Manica, Tete, no centro do país, e Nampula no norte.
Os ataques a pessoas indefesas e viaturas civis levaram as autoridades governamentais a introduzir as colunas militares, para garantirem a segurança dos viajantes em dois troços da Estrada Nacional Número Um (EN1), no troço entre a vila de Muxúngue até ao rio Save, e o outro começa de Nhamapaza até à vila de Caia, na província de Sofala.
O terceiro troço onde a transitabilidade é feita sob condição de escolta militar localiza-se na EN7, partindo de Vanduzi até à ponte sobre o rio Luenha, que divide entre as províncias de Manica e Tete.
FC/le
AIM – 30.07.2016