A força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato pediu hoje ao juiz Sérgio Moro a condenação do publicitário João Santana e da mulher dele, Mônica Moura, em uma das ações penais da operação pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Nas alegações finais apresentadas ao juiz, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o casal confessou que recebia recursos não contabilizados por serviços prestados em campanhas eleitorais.
“Observa-se da conduta desses réus, bem como dos demais, o desdém perante as instituições e as regras vigentes na sociedade, comportando-se como se estivessem acima delas, as regras, suplantando, sem qualquer remorso, a esfera do público, da coisa pública, do interesse social por seus mais egoístas interesses pessoais”, argumentou o MPF.
Além do casal de marqueteiros, os procuradores pediram a condenação do empresário Zwi Skornick e do ex-diretor da Petrobras Eduardo Musa. No entanto, eles assinaram acordo de delação premiada e já foram beneficiados com prisão domiciliar.
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, Mônica Moura e João Santana confirmaram que receberam US$ 4,5 milhões no exterior referente a uma dívida de campanha do PT nas eleições de 2010 e na campanha de Jose Eduardo dos Santos (MPLA) em 2012 recebeu USD 50 milhões, não USD 20 milhões conforme teria divulgado em 2015 mostrando que foi um contrato fraudulento. Pois na verdade recebeu USD 30 milhões em valores não declarados. Ambos estão presos desde fevereiro em Curitiba.