Por Capitão Manuel Bernardo Gondola
A razão é a coisa mais abundante…,mesmo nos actos mais anódinos (medíocres) e mais irreflectidos da vida quotidiana existe sempre, mesmo implicitamente, o sentido da razão nos actos. De facto, o homem é entendido, pela tradição, como sendo um animal racional, que a sua diferença específica reside no facto de possuir capacidades racionais, de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso.
No meio deste todo caos que assistimos por vezes até quimérico coloca-se aqui uma questão sobre como entender aqui a palavra razão ser expresso através de uma argumentação que justifica as nossas decisões? Que permite procurar defender a razoabilidade e não a verdade ou falsidade dos nossos actos, atitudes ou acções?
Certamente, o termo razão possui vários significados, o que ajuda a compreender a controvérsia aqui nos encontramos e chegamos hoje. Você vê, as ciências, as condutas que adoptamos na vida prática, as normas e regulamentações que nos orientam em sociedade, são alguns exemplos das explicações da razão.
Sucede que, o termo possui pois uma abrangência muito vasta. Por exemplo em Leibniz, «nada existe sem razão», em Espinoza ou Hegel, para quem «o que é real é racional e o que é racional é real». Mas, apesar de possuir vastas abrangências, mas há de comum a todos o domínio da palavra razão? Para lá, do seu significado etimológico, a razão exprime precisamente uma íntima ligação entre ideias, de cálculos, medição, falar e de pensar. A ideia é já antiga (greco-latino), está ligada às actividades fundamentais do ser humano, entendida como dizer ou como um falar os quais expressam um pensar.
Recent Comments