A PROVÍNCIA de Manica superou em 128 por cento o seu plano de fornecimento de água potável à população nas zonas rurais e atingiu um grau de realização de 112 por cento do seu plano de ligações domiciliárias ao nível das zonas urbanas.
Este facto foi apresentado ontem ao Presidente da República, Filipe Nyusi, pelo Governador de Manica, Alberto Mondlane, no decurso da sessão do Governo provincial, alargada aos administradores distritais, presidentes dos Conselhos Municipais e outros quadros, no âmbito da visita que efectua àquela província.
A taxa de cobertura de água urbana, segundo a fonte, situa-se na ordem de 62 por cento, na cidade de Chimoio, 70 em Manica e 62 na vila de Gondola, centros urbanos cobertos pelo sistema de abastecimento de água gerido pelo FIPAG. Relativamente a água rural, a taxa de cobertura situa-se em 58 por cento.
No capítulo atinente ao desempenho económico, o governador de Manica informou ter havido igualmente uma realização positiva do plano económico e social de 2015, tendo a produção global alcançado cerca de 69 mil milhões de meticais, contra os 57. 286 milhões planificados.
Para 2016, do plano de 63.508 milhões, a província de Manica atingiu um grau de realização de 58 por cento, ao ter alcançado uma produção de cerca de 37 mil milhões de meticais.
A produção agrícola foi outro elemento que mereceu destaque no informe de Alberto Mondlane, tendo dito que das 3.015 milhões de toneladas planificadas, a província registou um défice, ao quedar para 3.007 milhões de toneladas, situação que está na origem da insuficiência alimentar em quatro dos 12 distritos da província, nomeadamente Macossa, Tambara, Machaze e Guro.
Para o presente ano, Manica projecta colher 3.286 toneladas de culturas diversas, tendo realizado durante o primeiro semestre pouco mais de 2.422 milhões de toneladas, apesar da estiagem e seca que afectaram a província, provocando um decréscimo de 7.1 por cento.
O informe do Governo de Manica destacou acções nos domínios da produção pecuária, obras públicas e habitação, nomeadamente vias de acesso e pontes, a situação sanitária e escolar e passou em revista ao impacto da situação político-militar na produção e na circulação de mercadorias, com impacto bastante pernicioso na economia familiar.
Entretanto, reagindo ao informe, o Chefe do Estado congratulou-se pelos esforços que têm vindo a ser desenvolvidos pelo governo e pelos vários sectores da sociedade, fruto dos quais Manica prospera, apesar dos desafios que se lhe colocam, mormente no aumento da produção e produtividade e na melhoria dos serviços prestados ao cidadão.
Com efeito, saudou o crescimento registado e afirmou alegrar-se em saber que os indicadores de produção em Manica são bons.
“Quero saudar o crescimento económico registado. Alegra-me também saber que houve crescimento em receitas e na produção de carne, o que felicito”- disse Nyusi.
Entretanto, o Presidente da República quer mais informações sobre como melhorar a produção e a captação das receitas e pediu que o governo de Alberto Mondlane explicasse, no final da sua visita, o ponto de situação da orientação sobre a contenção de despesas no Aparelho do Estado.
O PR desafiou ainda o Governo de Manica a explicar quando termina o processo de crianças não sentadas no chão ao nível das escolas, o ponto de situação da mineração desenfreada e suas implicações no ambiente e na poluição da água, o mau atendimento nas unidades sanitárias e a criminalidade na cidade de Chimoio.
Víctor Machirica
NOTÍCIAS – 13.08.2016
Nota: Não entendo: parcialmente cada província visitada por Nyusi supera as metas segundo os relatórios apresentados. Como é que o somatório dá um crescimento negativo?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE