* Frelimo aceita a governação da Renamo nas 6 províncias
Em relação ao assunto da cessação das hostilidades e o fim da violência no país bem como a criação de corredores para permitir a ida dos mediadores ao encontro do líder da Renamo na Gorongosa, é um dos assuntos que está em discussão nas negociações que decorrem em Maputo. A Frelimo não aceita retirar as suas tropas posicionadas em todo distrito da Gorongosa porque tem um plano secreto para emboscar os mediadores para depois imputar a responsabilidade a Renamo como, aliás, aconteceu quando emboscaram o líder da Renamo em Chibata e Zimpinga.
A Renamo já conhece todas artimanhas da Frelimo e sabe que também vão aproveitar a ida dos mediadores estrangeiros à Gorongosa para localizar Afonso Dhlakama. A ida dos mediadores é perigosa. A rejeição da retirada das tropas por parte da Frelimo tem objectivos criminosos e sendo Afonso Dhlakama um estratega militar, adivinhou as intenções da Frelimo e rejeitou liminarmente a proposta da ida dos mediadores a Gorongosa sem que a Frelimo retire todas as suas forças daquele distrito para a cidade da Beira ou Chimoio. Portanto, não haverá a ida dos diplomatas ao encontro de Dhlakama, o próprio Dhlakama informou isso aos mediadores.
A proposta de se dar trégua na região da Gorongosa foi feita pelos mediadores e para demonstrar boa fé e vontade para se alcançar rapidamente a paz, líder da Renamo aceitou-a mas exigiu a retirada das forças da Frelimo no distrito da Gorongosa para garantir a segurança dos mediadores estrangeiros mas como a Frelimo é um partido belicista não quis fazer a sua parte em prol da paz no país.
A Frelimo pretende fazer jogo sujo para não só manchar internacionalmente a Renamo como também diminuir o impacto com relação a mediação internacional no país. Como se sabe, a Frelimo não queria a mediação internacional e acabou aceitando depois de derrotada no campo de batalha e para "imitar" a Renamo, também acabou indicando os seus observadores.
Na presença dos mediadores internacionais a Frelimo aceitou o princípio que a Renamo deve nomear os seus governadores e vão haver algumas leis a serem aprovadas que confiram mais poder aos órgãos locais, isto é, vai ser estudada e aprovada a lei das finanças provinciais para ser aplicada juntamente com a governação da Renamo.
A Renamo exigiu que os trabalhos inerentes à este processo sejam feitos com muita urgência o que significa que se tudo correr bem até princípios de Setembro próximo este assunto estará concluído e seguir para a Assernbleia da Republica para apreciação e aprovação. Se a Frelimo quiser brincar e abusar da sua maioria fraudulenta é desta vez que cair e perder tudo.
A Renamo iniciará a sua governação nas 6 províncias onde sempre ganhou imediatamente após aprovação da lei pela Assembleia da Republica. Atenção: não se trata de um governo misto entre a Renamo e a Frelimo porque se fosse assim a Renamo havia de entregar a lista dos seus governadores e o Nyusi nomear. Não é isso que se pretende. Os governadores da Renamo terão o seu próprio programa de governação nas suas províncias, que será totalmente diferente da Frelimo.
A Renamo naturalmente vai enviar parte dos impostos cobrados ao central mas o maior bolo ficará nas províncias. Tudo isso será passado no papel e aprovado pela Assembleia da Republica. Por isso a Frelimo já não tem hipóteses para fazer "canganhiça" porque assinou no dia 17/08/16 e na presença da mediação internacional, um documento aceitando a implementação deste processo todo.
Os desmentidos "à posterior" do Jacinto Veloso ontem foi uma atitude totalmente deselegante e desnecessária e só pode ser obra de um retardado mental do Comité Central da Frelimo. As tantas foi ameaçado por abutres como Chipande e Guebuza mas isto é problema deles porque a Renamo não está a pedir favores muito menos "autorização para governar" a Frelimo. Se a Frelimo não for por bem então as debandadas vão continuar e desta vez acontecerão na cidade e província de Maputo. Os "matsangas" já lá estão...
A Renamo irá governar baseado em princípios democráticos, justiça, liberdade e sobretudo privilegiando o desenvolvimento sustentável. Os vastos recursos existentes nestas províncias terão o seu aproveitamento maximizado. Os rios, riachos, lagoas, etc, vão produzir riquezas que beneficiarão as populações. Serão construídos mini, micro e pico hídricas, etc. O vasto palmar moribundo da Madal na Zambézia voltará a ser um dos maiores do mundo.
Os recursos florestais serão explorados de forma sustentável, os serviços de saúde e educação serão melhorados e expandidos. Aquelas vergonhas de se dar paracetamol a que tem dores de barriga e crianças sentadas no chão e em baixo de uma árvore num país riquíssimo em recursos florestais passará para a história, assim como as "emboscadas rodoviárias" da polícia de trânsito que diariamente inferniza os automobilistas.
Sob a governação da Frelimo, Katembe, um bairro de pescadores artesanais, tem mais valor e consideração que Lichinga, uma capital provincial. Estão a construir uma ponte que liga Maputo a Katembe avaliada em mais de 700 milhões de dólares e está planificado a construção de uma cidadela no valor de 14 biliões de dólares (!!!) mas as exuberantes e virgens costas da Zambézia e Sofala encontram se abandonadas à sua sorte.
Podia citar muitos exemplos da governação catastrófica da Frelimo mas vamos parar por aqui.
In https://www.facebook.com/unai.kambuma.matsangaisse/posts/317364351945704