O Ministério Público acaba de deduzir uma acusação contra um antigo administrador das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), indiciando-o de crimes relacionados com abuso de função, soube o Notícias de fonte do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC).
O referido gestor, cuja identidade omitimos por razões éticas, que esteve em funções no período entre 2008 e 2014, terá facilitado que a LAM celebrasse, com uma empresa de construção civil pertencente ao seu irmão, um total de 25 contratos de prestação de serviços de reabilitação e construção de várias infra-estruturas da companhia.
Segundo o GCCC, o antigo administrador fez com que a LAM pagasse a favor da referida empresa um montante na ordem de 5.302.034,64 MT (cinco milhões trezentos e dois mil, trinta e quatro meticais e sessenta e quatro centavos).
Uma vez acusado, o processo-crime foi já remetido ao Tribunal Municipal KaMpfumo para procedimentos subsequentes.
O trabalho de investigação levado a cabo pelo GCCC seguiu-se a denúncias feitas em 2014, através dos órgãos de comunicação social, contra dois trabalhadores da companhia aérea de bandeira, indiciados da prática de gestão danosa.
Entretanto, finda a instrução preparatória que se seguiu à denúncia, o GCCC absteve-se de acusar o outro indiciado, no caso a antiga administradora-delegada da companhia, por não terem sido encontrados indícios suficientes para se deduzir acusação.
Das conclusões do GCCC, contrariamente ao que foi invocado na denúncia, o filho da antiga administradora-delegada não possui capitais na empresa, não havendo, de igual modo, quaisquer sinais de ligação entre uma eventual empresa deste com a companhia.
NOTÍCIAS – 28.09.2016