Não é novidade para os moçambicanos de que o país continua a imergir nas profundezas do pântano da desgraça, empurrado por uma corja que ainda finge que dirige a nação. Só não vê a incompetência mórbida do Governo da Frelimo que, por conforto ou cumplicidade, anda a colocar ameias ideológicas para não ver a obscena realidade que o país atravessa a cada dia que passa.
A crise, que presentemente deixa a população à beira do desespero e que comporta severas ameaças sobre o futuro dos moçambicanos, é apenas um exemplo da incompetência e tamanha falta de seriedade por parte do Governo de turno. Aliás, os problemas actuais do país vão da crise económica, passando pelo conflito armado à corrupção. Mas, diante dessa situação deveras preocupante, o Presidente da República, Filipe Nyusi, e os seus títeres do partido Frelimo continuam a proferir discursos cuja perspectiva não é da vida real, ou seja, o Executivo de Nyusi assobia para os lados, minimizando o sofrimento por que passa a população.
Hoje, devido às decisões inconsequentes mesclado com a corrupção enraizada no seio da elite política, sobretudo figuras ligadas ao partido Frelimo, milhões de moçambicanos estão condenados a serem miseráveis estruturais. Quer dizer, não terão o que comer nos próximos dias. Morrerão simplesmente de fome. Acresce-se ainda que estão prognosticados a viverem como mendigos.
A olhar-se para o que vivemos nos últimos dias, surgem dois sentimentos. Um de revolta: todos os dias assistimos a demonstrações vergonhosas de esbanjamento desenfreado do erário em viagens e visitas presidenciais. E outro, de preocupação: o que o futuro reserva aos moçambicanos? Na verdade, a visão é de que a situação apresentar-se-á bastante dramática, onde os moçambicanos serão obrigados a vender os próprios órgãos para colocar comida na mesa.
Ao vermos tamanha corrupção e incompetência por parte do Governo de Nyusi, o pensamento que nos salta a cabeça é este: como faria bem aos moçambicanos um Governo de verdade e sério.
@VERDADE - 27.10.2016