Por Edwin Hounnou
O Governo de Moçambique, através do seu primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, respondeu, a 27 de Outubro de 2016, na Assembleia da República, a perguntas de insistência dos deputados da oposição - da Renamo e do MDM -, negou, de forma redonda e irredutível, a existência dos esquadrões da morte, no país.
Esses grupos armados têm vindo a raptar e assassinar, de maneira selectiva, dirigentes de partidos da oposição, de modo particular, os da Renamo. Nem mesmo o próprio líder da Renamo, Afonso Dhlakama, seu parceiro estratégico na manutenção da paz, sai da ponta da mira das armas dos esquadrões da morte, bastando recordar-se das duas emboscadas que sofreu, em Setembro de 2015, na província de Manica, seguido do cerco à sua residência, na Cidade da Beira.
Os últimos acontecimentos de Gaza indicam que dirigentes locais do MDM constam da longa lista para o abate dos esquadrões da morte. O delegado político provincial e o presidente da Liga provincial da Juventude foram sequestrados, gravemente espancados por indivíduos bem identificados os quais se faziam transportar numa viatura pertencente ao primeiro-secretário da Frelimo, no Distrito de Mabalane.
O pior não lhes aconteceu porque alerta a polícia, esta, por sua vez, telefonou para a quadrilha a fim de que não matasse as suas vítimas, mas. Assim, escaparam da morte e os seus algozes continuam impunes e ilesos. O motivo do rapto reside em que a província de Gaza deve continuar um bastião do partido Frelimo e quem se atrever, paga com a própria vida. Ninguém duvida de que os esquadrões da morte sejam elementos especiais das FDS ao serviço do partido Frelimo com o objectivo de silenciarem e liquidarem, fisicamente, a oposição política.
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