O director-adjunto do Fundo Monetário Internacional (FMI) para África, David Owen, mostrou-se confiante no Governo moçambicano em esclarecer os contornos da dívida contraída por três empresas moçambicanas, entre 2013 a 2014, de 1.4 mil milhões de dólares, que levou a suspensão da ajuda dos parceiros internacionais ao país.
Falando à imprensa, hoje em Maputo, momentos após o encontro de cortesia com o Primeiro-Ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, Owen reconheceu as medidas que o governo tem vindo a tomar para o esclarecimento rápido da dívida com vista a restauração da confiança junto dos credores e retoma da financiamento ao pais.
Entre as medidas destaca-se a selecção de uma consultoria internacional que irá fazer a auditoria internacional as empresas que contraíram os empréstimos, nomeadamente Empresa moçambicana do Atum (EMATUM), a Proindicus e a Mozambique Assets Management (MAM).
O director-adjunto do FMI disse acreditar que a actual situação será ultrapassada dada a firmeza com que o Governo encara o assunto.
Estes processos requerem um tempo e a parte da auditoria internacional vai ser bastante rápida, 90 dias, e esperamos que todos os processos ocorram com segurança e acreditamos que a actual situação vai ser ultrapassada, disse Owen.
Ainda há muita coisa por fazer a nível das políticas macroeconómicas no país, disse, acrescentando que a dívida vai ser renegociada de modo que o pagamento seja efectuado de modo sustentável.
A Procuradoria-Geral da República de Moçambique (PGR) apontou a Kroll, uma empresa global de consultoria de riscos com sede em Nova Iorque (EUA), mas que as suas operações na Europa, Médio Oriente e África são realizadas a partir da sua delegação de Londres, como a instituição que deverá esclarecer os contornos da dívida.
AC/sn
(AIM)