Derek Hanekom, Aaron Motsoaledi e Thulas Nxesi propuseram a saída do presidente numa reunião
Pelo menos três ministros do governo sul-africano apelaram para a demissão do presidente Jacob Zuma, atolado numa série de escândalos de corrupção que suscitam cada vez mais críticas no seu campo, informaram hoje media locais, de acordo com Lusa, citada por Notícias ao Minuto.
Os três ministros expressaram a sua desconfiança em relação ao Chefe de Estado no fim-de-semana durante uma reunião da direcção do Congresso Nacional Africano (ANC), indicou o 'site' de informação News 24 citando fontes do partido.
Desde Sábado, os órgãos de liderança do ANC estão reunidos à porta fechada num hotel de Pretória para discutir o futuro do seu presidente e Chefe de Estado, Jacob Zuma, cujo segundo mandato termina em 2019.
Durante a reunião, os ministros do Turismo, Derek Hanekom, da Saúde, Aaron Motsoaledi, e das Obras Públicas, Thulas Nxesi, propuseram a saída de Zuma.
O partido de Nelson Mandela atravessa uma crise provocada pelo revés histórico nas eleições autárquicas de Agosto e pelos casos de corrupção visando Zuma.
O presidente teve de reembolsar este ano perto de 500.000 euros ao Estado num caso de abuso de bens públicos ligado à renovação da sua residência privada de Nkandla (leste). Está também sob ameaça de reabertura de um caso antigo relacionado com contractos de armamento, envolvendo 783 acusações de corrupção.
Nas últimas semanas, a partida antecipada do Chefe de Estado foi evocada por vários dirigentes do ANC, apoiados por numerosas figuras históricas da luta contra o regime segregacionista do 'apartheid'.
Zuma mantém, no entanto, o apoio da maioria dos membros do ANC, que rejeitaram recentemente uma moção de censura da oposição.
O PAÍS – 28.11.2016