Moçambique e China assinaram hoje, em Maputo, um acordo de cooperação militar de assistência às Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Assinaram o acordo o ministro de defesa nacional, Salvador Mtumuke, em representação do governo moçambicano e o embaixador chinês acreditado no país, Su Jian.
Ao abrigo do acordo, aquele país asiático compromete-se a prestar assistência técnica militar, incluindo formação, fornecimento de equipamento, acessórios, entre outros, no valor de 80 milhões de yuans (cerca de 11,5 milhões de dólares ao câmbio corrente).
Falando minutos após a assinatura do acordo, Mtumuke explicou que o documento preconiza a construção e apetrechamento do Regimento de Protecção e fortalece os laços de amizade e fraternidade entre as forças armadas dos nossos países.
O acordo também visa melhorar a capacidade de mobilidade e apetrechamento em meios das FADM para enfrentar os desafios da actualidade.
Explicou ainda que é fruto da visita do estadista moçambicano, Filipe Nyusi, à China em Maio do corrente ano.
O diplomata chinês disse, por seu turno, que o acordo enquadra-se no conceito definido pelo seu país como parte integrante da sua estratégia de cooperação global. A estratégia inclui o apoio da China para incrementar a capacidade de defesa e da soberania e integridade territorial de Moçambique.
Referiu que a cooperação militar entre os dois países começou ainda durante a luta pela independência nacional de Moçambique. Esta cooperação é uma das áreas mais frutuosas de todas as áreas da nossa cooperação desde o seu estabelecimento há 41 anos, disse Su, para de seguida sublinhar que o acto também demonstra uma confiança política reciproca.
Segundo aquele diplomata, o acordo, destina-se também a reforçar a capacidade militar das Forças Armadas de Moçambique para garantir a soberania nacional e reforçar o seu mandato nas missões de paz.
O evento foi antecedido pela acreditação do novo adido militar chinês para Moçambique, o coronel Chang Xiang.
JM (Jacob Mapossa)/sg
AIM – 19.12.2016