Acabaram as ideias
O Arcebispo dos Libombos, Dom Dinis Sengulane, estará hoje, às 13h30, na Barragem dos Pequenos Libombos, a convite da Administração Regional de Águas do Sul para uma oração. A oração de Dom Dinis Sengulane é feita numa altura em que a Barragem dos Pequenos Libombos está muito abaixo do nível recomendável, devido à falta de chuva. Em consequência disso, as cidades de Maputo e Matola estão a sofrer interrupções no fornecimento da água impostas pela Águas da Região de Maputo. Nos últimos dias, tem estado patente a incompetência do provedor público de água potável, que não consegue encontrar solução para o fornecimento de água. Em plena capital do país, os cidadãos atravessam as ruas com bidões, à procura de água para consumo.
Rendido e sem ideias para fazer face a um problema técnico, o Governo decidiu chamar um amigo seu de longa data, o Dom Dinis Sengulane, para fazer uma oração para que a água volte a brotar nas torneiras dos cidadãos. Vão participar na oração dirigentes da ARA-Sul e todos os funcionários.
"Convoca-se todos os trabalhadores desta Unidade de Gestão para participarem numa oração a ser orientada pelo Dom Dinis Sengulane amanhã [hoje], dia 17 de Janeiro, pelas 13:30 horas, no espaço dos escritórios", lê-se numa convocatória dirigida aos funcionários e assinada pelo chefe dos serviços administrativos da Barragem dos Pequenos Libombos, Anastácio Vilanculos.
A Barragem dos Pequenos Libombos vive a pior baixa de nível de água que já se viu, desde que começou a operar em 1987. O nível de armazenamento de água é de 47 metros. Actualmente está nos 33 metros. Em consequência disso, os municípios de Maputo, Matola e Boane estão desde terça-feira, 10 de Janeiro, a viver uma crise no fornecimento de água. A infra-estrutura tem capacidade para 400 milhões de metros cúbicos de água. É a única fonte que garante água potável para a capital do país. A Águas da Região de Maputo anunciou o programa alternado de fornecimento de água. A crise vai afectar directamente cerca de 250.000 famílias. (André Mulungo)
CANALMOZ – 17.01.2017
NOTA: Será que D. Dinis com orações também poderá resolver o problema criado pelas “dívidas ocultas”?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE