do lado da evidência
Nos últimos dias, o cardápio do assunto relativo à violência doméstica tem estado a ser servido à mesa dos moçambicanos, num caso que envolve Josina Ziyaya Machel – filha de Samora Machel e Graça Machel – e Rofino Licuco, seu ex-namorado, no qual a “Jo”, para os mais mais próximos, perdeu um dos olhos e se queixou na África do Sul.
Na chamada Nação do Arco-Íris, a filha de Graça Machel, esta uma das mais emblemáticas figuras na luta dos mais desfavorecidos, perdeu o caso num tribunal local e dias depois veio se queixar em Maputo, onde o caso de alegada violência teria ocorrido.
A pergunta que não se quer calar: por que Josina não se queixou primeiro em Maputo e fê-lo em primeira instância no país do seu antigo padrasto?
Será que os nossos tribunais servem para ela como tubo de escape, quando não bem sucedida na nação onde a sua “mamã” foi primeira-dama?
Para quem como escriba teve acesso aos demais documentos apensos ao processo que volta ao tribunal próximo dia 2 de Fevereiro, não deixa de ser espantoso que Josina tenha avisado por SMS ao seu ex-namo rado que a sua família tinha decidido sacrificá-lo.
Numa delas está mesmo escrito, pelo punho e letra da “Jo” que :“Deus nos Salve. Os Macheles receberam o verídico hoje. Querem teu sangue. Decidiram hoje que vamos ao tribunal. Prepara-te”.
Que verídico é esse que os Macheles confiam? Na justiça moçambicana e não na sul-africana para onde se foram queixar em primeiro lugar?
Em entrevistas várias, com destaque para uma na famosa BBC de Londres, Josina Ziyaya Machel, em grande entrevista, fez cair lágrimas de mulheres que se reviam na sua vitimização, sem no entanto contar das razões verídicas de que a sua família quer o “sangue” do seu antigo namorado, que, segundo os autos, de tudo fez para a ajudar depois do incidente que a tirou a vista.
Aliás, este até foi por ela aconselhado a arranjar seguranças....
Será que “Jo” está sendo usada, como se fala por alguns círculos, de estar a ser projectada como nova activista de uma causa que não lhe pertence?
Com todos estes cenários e já que perguntar não ofende: “Mamã” Graça Machel, que trilho é esse da sua filha?
luis nhachote
CORREIO DA MANHÃ - 26.01.2017