Moçambique é um país que conheceu a sua independência há 42 anos, facto conhecido por todos nós, porém, a actividade jornalística já vinha sendo exercida desde a chega dos colonizadores portugueses, que apesar do controle que exerciam sobre a imprensa e a censura existente na altura, os jornalistas conseguiam informar a sociedade sobre os feitos e atrocidades do Governo.
Não pretendo trazer as discussões sobre o conceito de jornalista ou quem é jornalista. Com as novas tecnologias o jornalismo começa a ganhar novas dimensões da digitalização, uma altura em que os jornalistas que trabalham e processam a informação partilham dos mesmos meios de recolha e divulgação de informação com os seus públicos, desafiando aos seus fazedores uma flexibilidade no domínio das ferramentas de comunicação.
Depois da tríade estatal, o jornalismo é tido como o quarto poder que visa fiscalizar e divulgar as actividades do governo. Mas, está conceção tem sido mal interpretada por diversos detentores de cargos públicos.
O jornalismo em particular o jornalista é visto como um individuo que está para fazer subir ou deixar cair o poder dos gestores da coisa pública. O que de cera forma cria entraves no acesso as fontes de informação.
Uma sociedade sem informação é uma sociedade sem norte. Só se pode alcançar uma independência, paz, justiça e desenvolvimento se existir informações credíveis. Vários fazedores do jornalismo são ameaçados outros mortos em assassinatos no exercício das suas actividades, pelo facto de estarem a dar prosseguimento um dado caso ou porque divulgaram uma determinada matéria que coloca em causa altas individualidades.
Os meios de comunicação são uma ferramenta forte em influenciar mentes. Além desta importância que esses meios proporcionam eles servem de espaços para os grandes debates das preocupações das sociedades. É através dos meios de comunicação que a sociedade se revê, expõe e expressa a sua opinião.
Com vista a obter um maior desenvolvimento é necessário que os detentores de diversos poderes e a sociedade em geral olhem para o jornalista como um individuo que cuja sua missão é recolher, selecionar, processar e divulgar informação. Que o jornalista não seja visto como uma fonte para progredir ou tombar poderes.
Bento Matias Faustino
(Recebido por email)