Banco já não vai ser vendido
Há dois nomes que estão a ser ventilados, o grupo de Guebuza e o de Chissano.
Reunidos ontem em assembleia-geral, os accionistas do 'Moza Banco' aprovaram um aumento do capital social na ordem dos oito mil cento e :setenta milhões de meticais para a recapitalizaçáo daquele Banco, evitando assim a sua venda.
O facto foi tornado público ontem, em comunicado de imprensa, no final do encontro dos accionistas. O processo de recapitalização do Banco surge na sequência da intervenção feita, o ano passado, àquele banco, pelo Banco de Moçambique, depois de se constatar que o "Moza" estava a operar com rácios abaixo do estabelecido.
Com esta decisão, tudo indica que o "Moza" já não vai ser vendido, como foi sugerido pelo Banco de Moçambique.
Não foi revelada a proveniência dos mais de oito mil milhões que os accionistas do Banco dizem que serão injectados para garantir o restabelecimento da situação de falência eminente em que o "Moza" se encontrava. Mas há dois grupos com interesses na "Moçambique Capitais"' (o grupo maioritário controlado por vários grupos moçambicanos) que estão a ser ventilados como estando por detrás da operação de recapitalização do banco. O grupo de Joaquim Chissano e o grupo de Armando Guebuza, dois ex--Presidentes da República. Esta é mais uma operação orientada com sucesso por Rogério Zandamela,. desde que, em Outubro, lhe foi confiada a chefia do Conselho de Administração do Banco de Moçambique. (Eugénio da Câmara)
CANALMOZ – 24.01.2017