Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Execução de actividades sem visto do TA
Este país anda ao desbarato. Aliás, isso já não novidade para os moçambicanos, até porque todos os dias são brindados com situações clamorosamente vergonhosas protagonizada principalmente por indivíduos com ligações com o partido Frelimo. Por exemplo, numa demonstração clara violação da lei, algumas empresas têm vindo a desenvolver as suas actividades sem autorização para o efeito, diante de olhar cúmplice das autoridades competentes. É o caso da barragem de Moamba Major que está a ser erguida no rio Incomati. A construção da barragem, por sinal financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico do Brasil (BNDES), está viciada de ilegalidades de proporções astronómicas. Primeiro, a empresa não tem visto do Tribunal Administrativo (TA) para a execução de actividades e, segundo, o Grupo Andrade Gutierrez, que está a frente das obras, foi contratado por ajuste directo. Enfim, quanta Xiconhoquice!
Corrupção aumentou
Continuamos no topo da lista em que nenhum país sério gostaria de estar. Na verdade, esse facto não é surpresa para os moçambicanos, pois já estamos habituados a liderar as listas de piores situações do mundo. Desta vez, para enriquecer a nossa vasta esperiência em assuntos vergonhosos, o Relatório da Transparência Internacional mostra que a corrupção em Moçambique aumentou. Ou seja, ao invés de reduzir ou combater esse mal que tem vindo a atrasar o desenvolvimento do país, acabamos de dar um passo para trás. Somos, neste momento, um dos piores país quando o assunto é corrupção. E isso mostra que não há vontade por parte do Governo da Frelimo e a Procuradoria da República é colocar cobro nesse mal que continua a galopar qual cavalo sem freio. Neste andar de carruagem, certamente continuaremos firmes até a primeira posição do ranking dos países mais corruptos do mundo.
Crimes passionais
Parece que os moçambicanos têm estado a enfrentar problemas sociais bastante críticos nos últimos tempos. Quase todas as semanas, há registo de crimes que revelam problemas psicológicos deveras preocupantes. A título de exemplo, 11 dias depois do crime macabro que chocou o país, envolvendo o casal Stefan Filipe e Darlen Cossa, no bairro de Inhagoia, em Maputo, mais um jovem assassinou a mulher alegadamente por motivos passionais na capital moçambicana. Este é o segundo terceiro crime pretensamente passional, que acontece em Maputo e Sofala, este ano, em menos de duas semanas. Esses casos demonstram claramente que há um problema gravíssimo de saúde pública, e não só, necessitando da intervenção imediata das autoridades competentes com vista a evitar que o número de casos aumente.
@VERDADE - 25.01.2017