A Sasol, multinacional sul-africana, descobriu petróleo em dois furos efectuados ao largo da costa moçambicana, na província meridional de Inhambane, e pretende iniciar a exploração dentro dos próximos dois a três anos, anunciou hoje, um dos seus directores executivos.
A produção de petróleo vai aumentar o perfil de hidrocarbonetos de Moçambique, onde nos últimos anos também foram descobertos enormes depósitos de gás natural e de carvão mineral.
Esses serão os primeiros poços de petróleo em Moçambique que vão para pleno desenvolvimento, provavelmente em dois, no máximo três anos, disse Stephen Cornell em declarações a agência noticiosa Reuters, logo após aquela companhia petroquímica ter anunciado os resultados provisórios.
A Sasol já havia anunciado anteriormente a abertura de quatro dos 12 furos planificados e que acabaram produzindo resultados surpreendentes.
Fizemos quatro furos, dois deles de gás e dois de petróleo e todos produziram resultados positivos. Em uma das áreas onde esperávamos principalmente gás, encontramos gás e petróleo, disse Cornell.
A empresa já enviou uma notificação de descoberta ao governo moçambicano.
Cornell disse à Reuters que a Sasol já havia descoberto anteriormente a existência de petróleo em Moçambique, como parte de uma avaliação do campo e isso ajudou-nos a saber onde perfurar.
Moçambique possui mais de 85 triliões de pés cúbicos de reservas de gás natural em quantidade suficiente para abastecer a Alemanha, Grã-Bretanha, França e Itália durante quase duas décadas.
Até o momento, a Sasol tem estado a explorar os campos de gás natural de Pande e Temane, onde nos últimos tempos também iniciou a produção de condensado.
A Sasol está a reduzir a despesa de capital planificada para o corrente ano face ao fortalecimento do rand e queda de demonstrações financeiras intercalares.
A previsão de despesa de capital para o corrente ano acabou sendo reduzida para 66 bilhões de rand contra os 75 bilhões de randes iniciais em grande parte devido ao impacto de uma taxa de câmbio mais forte comparativamente ao dólar norte-americano.
REUTERS/SG/DT
AIM – 27.02.2017