A empresa zimbabweana "Far and Wide" ganhou o concurso para concessão turística no Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto. O consórcio "Chelsea Group Moçambique", com capitais moçambicanos e ingleses, ganhou o concurso para concessão turística na Reserva Especial de Maputo.
A Administração Nacional das Áreas de Conservação de Moçambique informou, esta semana, que concurso para concessões turísticas no Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto e na Reserva Especial de Maputo, lançado a 15 de Novembro do ano passado, fechou no dia 31 de Janeiro, com dois concorrentes,
Segundo a Administração Nacional das Áreas de Conservação, a empresa zimbabweana “Far and Wide" ficou com a concessão de Zenguelemo, no Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, onde o espaço disponível para desenvolvimento turístico tem uma área de 6,1 hectares, e localiza-se na Ilha de Bazaruto, a 27 quilómetros de Inhassoro e a 40 quilómetros de Vilanculos, em frente da Ilha de Santa Carolina. Aqui, pretende-se que seja desenvolvido um acampamento ecoturístíco, do género de "Eco-Camp", com o máximo de 35 camas, em parceria com os habitantes do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto.
O segundo concorrente é a empresa "Chelsea Group Moçambique", com sócios moçambicanos e ingleses, em actividade desde 2015. Esta empresa apresentou duas propostas: uma é relativa a Zen Guelemo, e a outra, é relativa à concessão da Ponta Membene, na Reserva Especial de Maputo.
Com seis hectares, localizada na costa oceânica da Reserva Especial de Maputo, a cinco quilómetros do posto de fiscalização de Zuali e a 40 quilómetros do portão de entrada de Futi, entre a Ponta Chemucane e a ponta Mílibingalada.
O que se pretende é que seja desenvolvido um projecto ecoturístico integrado com três hectares para a instalação de um "Eco-Camp" com o mínimo de 20 camas, e outros três hectares destinados a campismo para 20 pessoas, A capacidade total máxima da concessão é de 66 pessoas alojadas.
Enquanto isso, as obras do projecto "MozBio", que estão em curso na Reserva Marinha Parcial da Ponta de Ouro e na Reserva Especial de Maputo, nomeadamente a casa dos funcionários superiores da Reserva Marinha Parcial da Ponta de Ouro e a casa do administrador da Reserva Especial de Maputo, poderão estar concluídas até ao final de Março do corrente ano.
Ainda com o financiamento do projecto "MozBio", o dírector-geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação, Bartolomeu Soto, e o director de Turismo e Utilização Sustentável, da Administração Nacional das Áreas de Conservação, Samiro Magane, participaram na 45ª edição da feira de caça desportiva, que decorreu de 1 a 4 de Fevereiro nos Estados Unidos da América,
Por outro lado, um grupo de três fiscais, nomeadamente Eduardo Daniel Ngovene, António Hilário Chemane e Eduardo Jordão Mafume, todos provenientes do Parque Nacional do Limpopo, na província de Gaza, deixaram Maputo no início desta semana, com destino ao Southern Africa Wildlife College, na África do Sul, onde vão frequentar, durante três anos, um curso de gestão e conservação da natureza.
A escolha destes funcionários resulta de um concurso lançado ano passado, em que fiscais dos parques e reservas nacionais apresentaram as suas candidaturas para receberem formação naquela instituição.
Das 14 áreas de conservação existentes no país, apenas o Parque Nacional do Limpopo é que concorreu, tendo apresentado oito candidaturas, que foram enviadas para o Southern Africa Wildlife College, na Africa do Sul, para a avaliação. Deste número, apenas três candidatos foram apurados, por reunirem os requisitos exigidos.
O Southern Africa Wildlife College exigia que os candidatos tivessem, no mínimo, frequentado a 12ª classe e tivessem alguma experiência de trabalho comprovada, na área de conservação dos recursos naturais.
Em alguns módulos do curso, os funcionários vão centrar os estudos nas matérias relacionadas com a sua área de proveniência, por isso já levam consigo o plano de maneio, o mapa do Parque Nacional do Limpopo e a legislação mais relevante que regula as actividades do sector de conservação em Moçambique.
A formação destes funcionários é financiada pelo projecto "Moz-Bio'1 e enquadra-se no programa de fortalecimento institucional, através da capacitação dos recursos humanos, com vista a melhorar a sua capacidade de intervenção em actividades de protecção e conservação da biodiversidade em Moçambique. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 09.02.2017