O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, demitiu, na noite de quinta-feira, o Ministro das Finanças, Pravin Gordhan, e oito outros membros do seu Executivo, uma medida que analistas consideram como podendo por em causa a sua liderança e investimentos no país.
Gordhan foi substituido pelo Ministro do Interior, Malusi Gigaba, figura que não possui sequer alguma experiência financeira ou de negócio, enquanto o parlamentar Sfiso Buthelezi será vice-Ministro das Finanças, em substituição de Mcebisi Jonas.
A remodelação governamental ameaça criar facções nas estruturas do Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder, e possivelmente desencadear uma revolta contra o Presidente. O Rande, a moeda sul-africana, esta em queda no mercado, receando-se que a situação venha piorar ainda mais nos próximos dias.
Os que vão dirigir o Tesouro não poderão garantir que a instituição protectora da estabilidade fiscal da África do Sul esteja em boas mãos, disse Anne Fruhauf, vice-presidente da Teneo Intelligence, uma entidade de consultoria de riscos.
A medida convida para uma reacção violenta da facção anti-Zuma, frisou.
A decisão de Zuma de substituir Gordhan, uma figura bem vista a níveil da comunidade dos investidores, por causa dos seus esforços de controlar as despesas, veio em face da oposição dos três dos seis membros do ANC e do Partido Comunista da África do Sul (SACP), um dos parceiros da aliança tripartida governamental.
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