Por provável conflito de interesses
São dois os negócios, o primeiro Tem a ver com a "Cornelder", e o segundo com o INGC. A pedido do Gabinete Central de Combate à Corrupção, a Comissão Central de Ética Pública está a trabalhar nos dois casos e, em relação à "Cornelder", conclui haver conflito de interesses. Espera-se pelo resultado do negócio com o INGC, mas não parece haver dúvidas de haver conflito de interesses.
A Comissão Central de Ética Pública diz que há conflito de interesses no negócio entre o Estado e a empresa "Cornelder”. de Carlos Mesquita, que é também ministro dos Transportes e Comunicações. No ano passado, o ministro Carlos Mesquita assinou quatro memorandos de entendimento, dois deles com as suas próprias empresas, nomeadamente a "Cornelder Moçambique" e a "Cornelder Quelimane". Nesses memorandos, o ministro dos Transportes e Comunicações onde concede facilidades às empresas, incluindo as suas próprias empresas.
As facilidades consistiam na redução de tarifas portuárias e prestação de serviços de cabotagem, que variam de 40% a 60%. A informação consta num documento enviado ao Gabinete Central de Combate à Corrupção pela Comissão Central de Ética Pública, na sequência de um pedido de parecer do GCCC sobre a matéria.
Alfredo Gamito, porta-voz da Comissão Central de Ética Pública, falando à DW, na terça-feira, 21 de Março, declarou que há, de facto, conflito de interesses neste negócio e que Mesquita devia abster-se de fazer esse acto". "Então, nós julgamos que fere o princípio do conflito de interesses", disse Gamito.
Conforme fizemos referência, o assunto já esta no Gabinete Central de Combate à Corrupção. Segundo fontes do Canalmoz naquela instituição adstrita à Procuradoria-Geral da República, a informação fornecida pela Comissão Central de Ética Pública está a ser analisada juntamente com outra informação recolhida*
"Caso INCC" também está no GCCC
Outro caso que envolve Carlos Mesquita tem a ver com o negócio que este celebrou com o INCC, Trata-se da empresa 'Transportes Carlos Mesquita, Limitada", que celebrou um contrato com o Estado de 20 milhões de meticais, para prestar serviço de transporte e carga na zona centro*
O negócio está a ser investigado pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção, por indícios de violação da Lei de Probidade Pública, segundo soube o Canalmoz de fonte bem colocada no GCCC.
Segundo a nossa fonte, está-se na fase de averiguação, que consiste na recolha de informações relevantes.
Recentemente, o GCCC solicitou informação à Direcção Nacional do Património, entidade que tutela a Unidade Nacional de Supervisão das Aquisições, sobre os detalhes que culminariam com a celebração do contrato entre o INGC e a empresa "Transportes Carlos Mesquita, Limitada".
Foi solicitado à Direcção Nacional do Património um conjunto de documentos que legitimam a contratação de uma empresa pertencente a um membro do Conselho de Ministros. O GCCC solicitou também um parecer à Comissão Central de Ética Pública. Sabe-se que, no âmbito das suas atribuições, a Comissão Central de Ética Pública já ouviu o ministro, estando, neste momento, a trabalhar para fechar o processo. (André Mulungo)
CANALMOZ – 23.03.2017