Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Seminários, conferências e simpósios com variadas agendas acontecem há décadas sem que aparentemente apresentem os resultados desejados.
Moçambique é um país sem agenda endógena, sobretudo porque quem financia tudo são os outros e não nós próprios.
A dependência é tao asfixiante que qualquer dinheiro que entre no país está sujeito a decisões dos doadores e credores.
Agora está na moda dar terra a japoneses, chineses, brasileiros, portugueses e outros. Está-se produzindo curso terra porque alguém decidiu enriquecer através de um mecanismo ilegal, lesivo e contra a soberania nacional, que é quase sempre apresentada como bandeira nacional.
Se quem não sabe escutar as vozes mais esclarecidas no país e na diáspora toma decisões passando por cima do que lhe é aconselhado, isso significa que as agendas privadas superam as públicas.
Chovendo ou fazendo sol, a solução adoptada pelos governantes é sempre recorrer a peditórios. As nossas organizações da sociedade civil fazem o mesmo para adquirir camisetes e água “Vumba”. Os seus salários são subvenções estrangeiras,
E assim não se pode esperar que Moçambique avance.
Pensamos que pensamos, mas são os outros que pensam por nós. Tem sido desde a Independência.
Um dos métodos dos condicionadores de opinião é providenciar bolsas de estudo.
Compatriotas, seria de esperar que um Governo minimamente informado e interessado numa agenda endógena de desenvolvimento não deveria estar a jogar o jogo de tira e mete ministro especialmente quando os substitutos são uns “nulos”.
Não há como negar o que desenvolvimento tem acontecido. Não somos cegos nem míopes, mas o que abunda são formalidades e diversionismo verbal.
Muito discurso e pouco sumo.
São bruxos a prever o futuro, mesmo quando são legitimamente derrotados em eleições. Agora que se afundou o país em dívidas, aparecem eminências pardas defendendo que se deve culpar somente os bancos que concederam os créditos ruidosos. Querem perdão antecipado para os contratantes das dívidas, Neste exercício, estão contratando agentes provocadores internacionais para o efeito.(Noé Nlumtumbo)
CANALMOZ – 29.03.2017
NOTA: Caro Noé: Há algo que me intriga Foram os Bancos que vieram propor a disponibilidade de empréstimos ao Governo de Moçambique (que inventou umas empresas), ou foi este que se dirigiu aos bancos a solicitá-los?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE