A entrega do relatório final da Auditoria Internacional Independente às empresas Proindicus, SA, EMATUM-Empresa Moçambicana de Atum, SA, e MAM- Mozambique Asset Management, SA, que está a ser realizada pela empresa Kroll Associates UK, para a Procuradoria-Geral da República(PGR), foi novamente adiada para o dia 28 de Abril de 2017.
Um comunicado da instituição dirigida por Beatriz Buchili informa que "a Kroll apresentou à Procuradoria-Geral da República um relatório, descrevendo os progressos alcançados, as perspectivas para a conclusão do processo de análise da informação coligida e a elaboração do relatório final tendo, para o efeito, solicitado, mais uma vez, a extensão do prazo".
"A Procuradoria-Geral da República, após a análise dos fundamentos apresentados e na expectativa de um final consolidado, em colaboração com a financiadora e o Fundo Monetário Internacional, anuiu ao pedido formulado, fixando, como nova data para a entrega do relatório final, o dia 28 de Abril de 2017", acrescenta o comunicado recebido esta sexta-feira(24) pelo @Verdade.
Recorde-se que esta Auditoria Internacional Independente, que está a ser paga pela Suécia, iniciou 4 de Novembro de 2016 e o seu resultado esteve inicialmente previsto para ser apresentado em Fevereiro passado.
Pouco antes do prazo de 90 dias terminar, estabelecido pela PGR, a instituição guardiã da legalidade em Moçambique anunciou o adiamento para 31 de Março da apresentação dos resultados finais porque as “diligências de recolha e tratamento da informação são complexas e ainda estão em curso, no país e no estrangeiro, envolvendo mecanismos de cooperação internacional, com o auxílio da Procuradoria-Geral da República, o Auditor solicitou mais tempo para a conclusão da Auditoria”.
Recordar que estas três empresas estatais que estão a ser auditadas contraíram, entre 2013 e 2014, empréstimos que totalizam mais de 2 biliões de dólares norte-americanos com Garantias do Estado que não foram aprovadas pela Assembleia da República e que ultrapassaram os limites estabelecidos pelas Leis orçamentais desses anos, portanto esses Avais concedidos pelo Governo de Armando Guebuza violaram a Constituição de Moçambique e as Leis do Orçamento do Estado.
Com a descoberta destes empréstimos ilegais, em Abril de 2016, que foram contraídos sem o conhecimento também do Fundo Monetário Internacional(FMI) e dos Parceiros de Cooperação Internacional estes suspenderam toda ajuda directa ao Orçamento do Estado precipitando a crise económica e financeira que Moçambique vive desde então.
A retomada da ajuda internacional está condicionada aos resultados Auditoria Internacional Independente, portanto a vida dos moçambicanos continuará em suspenso até finais de Abril.
@VERDADE - 27.03.2017