As forças da Frelimo e seus colaboradores continuam a perigar a paz precária que o país desfruta neste momento. No posto administrativo de Muxungue, distrito de Chibabava, elementos das FIR e FADM, vão armados aos mercados da população e praticam actos de rapina. Alguns percorrem as aldeias e levam a força as mulheres para posterior violação em grupo e os maridos são violentamente espancados caso tentem reagir.
Aliás, devido à estas atrocidades, um grupo de populares foi queixar - se, na semana passada, ao administrador local. Ainda em Sofala, o comandante da região da Gorongosa que também é responsável pela posição das forças da Frelimo em Maringue, o coronel Roberto António Ganhane (comandante provincial das tropas especiais de Sofala e veio do quartel de Dondo), um membro da Frelimo, enviou um grupo de oficiais para tentar apaziguar as populações daquele bastião central da Renamo mas as populações não quiseram saber de nada e exigem a imediata retirada das tropas, porque estas cometem gritantes atrocidades contra as populações indefesas naquele distrito.
Já na região da Gorongosa, as perigosas provocações das forças ainda continuam, onde as forças da Frelimo fazem emboscadas para surpreender os temíveis rangers que, a coberto da trégua e em trajes civis, tentam ir fazer compras na vila sede de Gorongosa. Até porque a trégua não limita a movimentação de militares da Renamo para fazer compras mas paradoxalmente as forças da Frelimo não são impedidas de aproximar em áreas controladas pela Renamo.
Esta situação está a enervar os homens verdes de Afonso e embora Dhlakama tenha a capacidade para acalmar os seus homens, qualquer dia a situação ficará fora do controlo. Parece que é o que a Frelimo procura conseguir para continuar com a sua política belicista e assim arrastar o processo até as vésperas dos próximos pleitos eleitorais. É o actual "wishful thinking" da Frelimo.
TETE
A mais rica e produtiva província do país vive nos últimos dias um verdadeiro perigo de retorno às escaramuças, com as forças da Frelimo a cruzar retiradas vezes a linha vermelha. Na última semana, um grupo das PRM, fazendo se transportar em uma viatura, saiu da vila de Tsangano e dirigiram a casa de um quadro júnior da Renamo. Quando lá chegaram (a noite), abriram fogo e arrombaram a porta aos pontapés e coronhadas e de seguida levaram no a força para uma mata e após rápida "inquisição", fuzilaram no.
Então, quando os membros da Renamo aperceberam se do sucedido, foram ao comando distrital da polícia para exigir explicações e um agente da polícia voluntariamente conduziu os renamistas até ao local da execução do seu elemento e encontraram-no muito mal enterrado, com as pernas fora. Acto continuo, desenterraram o corpo que pouco depois foi depositada numa urna, adquirida no vizinho Malawi, que está a cerca de 50km do local.
Este acto piedoso contou com a participação de vários membros da Frelimo que deploraram esta atitude macabra do seu partido. Ainda em Tete, distrito de Chifunde, Posto Administrativo de Mualazi, três membros da PRM foram a casa do delegado local da Renamo; isto foi durante o fim de semana, na noite da sexta para sábado. Então, bateram a porta do homem de seguida desataram aos espancamentos e arrastaram lhe para uma mata próxima com o claro objectivo de o executarem.
Entretanto, durante as sevícias, o delegado renamistas gritou a todos os pulmões e os vizinhos acorreram em massa para o local munidos de catanas e outros instrumentos, o que pôs imediatamente em fuga os "cinzentinhos" mas um deles teve o azar de ser capturado e foi duramente espancado pela furiosa multidão de vizinhos do delegado. Depois de boas porradas, o polícia foi dia seguinte socorrido para o Malawi mas infelizmente acabou morrendo no hospital.
Todas estas ocorrências já foram reportadas ao comando provincial da polícia de Tete mas já que a polícia e controlada pelo partido Frelimo, ninguém chamou a imprensa para falar disso. Aliás, temos conhecimento que a polícia foi instruída pela Frelimo para perseguir e matar os membros da Renamo. A Frelimo decidiu acabar com os activistas da Renamo no terreno e posteriormente vai forçar mudanças a lei eleitoral com objectivo de retirar as cláusulas que a prejudica.
Entretanto, face a estas brincadeiras e graves provocações da Frelimo, os militares da Renamo naquela província exigem do seu comandante-em-chefe, Afonso Dhlakama, que autorize uma retaliação, pois, acham que a trégua apenas está a beneficiar a Frelimo e o povo está sendo martirizado. De recordar que os rangers que estão em Tete têm o mesmo grau de letalidade e perigosidade como os da Gorongosa. Mas soubemos que o líder "pediu de joelhos" aos seus homens para manterem se calmos.
CABO DELGADO
Desta província do gás e rubi, chegam-nos informações dando conta que as forças da Frelimo (FADM), estão a montar novas posições em volta do mais rico e pobre posto administrativo do país, a terra do rubi, Nhaminhumbir, distrito de Montepuez. Isto está a obrigar as populações locais a abandonarem as aldeias. Segundo apurámos, a Frelimo está a reforçar a segurança da sua maior fonte de riqueza ilícita e que gera uma avultada renda que sustenta o seu militarismo e terrorismo de estado fora do orçamento do estado. É a "caverna de Ali Babá" do regime Frelimo. O país não ganha absolutamente nada.
Os militares da Frelimo têm morto indiscriminadamente os garimpeiros locais como se de galinhas ou ratazanas se tratassem. Há lá crimes hediondos de bradar o céu, como bem reportou o internauta Be Focus. E as populações locais estão a exigir a retirada imediata dos militares da Frelimo. Todos odeiam os militares ai estacionados que amiúde praticam atrocidades contras as populações indefesas. Mas para Frelimo não existe povo, na cabeça da Frelimo só cabe a pilhagem dos recursos, venda da pátria e violência.
Tal como Angola e Zimbabwe, Moçambique precisa de uma grande revolta popular ou mesmo revolução armada.
Unay Cambuma
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