Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Restaurantes, pastelarias, padarias encerradas pela INAE
Vergonhosa é o que se pode dizer diante da lastimável e gritante situação de falta de higiene demonstradas por alguns restaurantes, pastelarias e padarias nas zonas nobre da cidade de Maputo. São os casos de o café e restaurante Cristal e a pastelaria ABFC foram encerrados pela Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) por falhas “graves” de higiene, juntando-se a outras 20 unidades económicas a nível nacional actuadas devido a várias irregularidades. Foram detectadas anomalias nocivas à saúde pública. Problemas como fossas entupidas, cozinha e sanitários sujos, concentração de águas negras na forma de charcos que exalam cheiro nauseabundo para o interior da cozinha. Quase tudo em estado nojento. O mais caricato é que estes estabelecimentos têm boa reputação na praça. Enfim, como diz o senso comum: bonito por fora, feio por dentro.
Assassinato em Inhambane
A onda de criminalidade continua a não dar tréguas aos moçambicanos. Quase todos os dias são reportados crimes hediondos protagonizados por indivíduos desconhecidos. O secretário do círculo e a esposa do líder comunitário da sede distrital de Funhalouro, na província de Inhambane, são algumas vítimas dessas Xiconhoquices. Eles foram assassinados com recurso a uma arma de fogo por pessoas ainda desconhecidas. O crime, cujas as causas são desconhecidas, aconteceu no passado fim-de-semana, na localidade de Mavume.
Lei que pune traficantes e compradores da caça ilegal "escondida"
É deveras vergonhosa a promiscuidade das autoridades nacionais no tráfico e caça ilegal no nosso país. Embora a luta contra a caça ilegal esteja a registar progressos, não existe um único traficante ou comprador detido. Tudo porque a Lei de Protecção, Conservação e Uso Sustentável da Diversidade Biológica só prevê penas de prisão maior para aquele que abater sem licença. À pedido das autoridades do Ambiente e da Procuradoria-Geral da República a Lei 16/2014 foi revista pela Assembleia da República, em Novembro passado, passando a punir com cadeia todos envolvidos directa ou indirecta na devastação de qualquer das espécies protegidas da Fauna e Flora. Porém, por cumplicidade e falta de carácter, até hoje a Lei Revista e aprovada por aclamação não foi enviada para a promulgação do Presidente Filipe Jacinto Nyusi, permitindo que os traficantes, mandantes e compradores continuem impunes. Que vergonha!
@VERDADE - 02.03.2017