EDITORIAL - O ESTADO DA (IN) JUSTIÇA DA MADAME BEATRIZ BUCHILIA Procuradora-Geral da República (PGR), Beatriz Buchili, foi esta semana à Assembleia da República (AR) para dar a conhecer ao Povo moçambicano, ao que se esperava ser a verdadeira informação anual sobre o estado da justiça no país. Infelizmente, quando se esperava que Beatriz Buchili fosse dar conhecimento sobre o estágio dos diversos processos criminais que tem em seu poder, vimo-nos burlados, por uma procuradora-geral que foi a casa do Povo para contar histórias que toda a gente está cansada de saber. Segundo a procuradora, a corrupção e o desvio de fundos do Estado, envolvendo os servidores públicos, titulares e membros de órgãos públicos, continua longe de ser estancada, sem contudo mencionar se esses tais corruptos foram identificados e punidos.
Se num passado que todos nós lembramos, o então procurador-geral, Eduardo Mulembwe havia garantido que tinha a lista de corruptos que iria publicar, mas que nunca chegou a apresentar, e um outro procurador, Augusto Paulino o tinha imitado, ao nos brindar com insinuações de que as construções imobiliárias que abundam em Maputo eram obras da lavagem de dinheiro mas sem também apontar sequer um dos branqueadores, não ficaríamos surpreendidos com a aparição da Beatriz Buchili com a mesma ladainha de sempre.
A maioria dos moçambicanos, não acreditamos na capacidade desta Procuradoria-Geral assim como de toda a máquina da administração da Justiça em travar os roubos ao Povo moçambicano, sendo prova disso o caso da EMATUM que está a vegetar nas gavetas da PGR. Até porque a senhora Beatriz Buchili, não tem capacidade de fazer cumprir as leis, se tivermos em conta que dos 6.757 servidores públicos, titulares e membros de órgãos públicos sujeitos à declaração de bens, mais da metade ainda não o fez, e ela nunca os exigiu.
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