As obras de construção da respectiva unidade fabril decorrem na vila sede deste distrito e se encontram na fase conclusiva.
O projecto está avaliado em 500 mil dólares, valor que cobrirá a aquisição de equipamento.
Segundo escreve o Diário de Moçambique, o administrador do PNG, Mateus Mutemba, que revelou o facto, afirmou que o café a ser processado será comercializado inicialmente no mercado doméstico e poderá ostentar a marca Gorongosa, numa iniciativa que visa acrescentar valor a este produto, uma vez que o seu cultivo decorre em condições amigas do ambiente, que têm a finalidade de proteger a flora.
Pretendemos fazer uma consociação entre este produto e a operação turística, colocando o café à disposição dos turistas e dos hóspedes do PNG. Mas com o incremento da produção, vamos escalar outros níveis de comercialização, que poderão abranger outras cidades do país e quiçá o mercado internacional, onde a propensão nos dá garantias de venda, disse Mutemba.
Quanto aos contornos do projecto, o administrador desta estância turística fez saber que este iniciou em 2013 com o plantio dos primeiros viveiros, envolvendo 80 agregados familiares, os quais cobriram uma área de 30 hectares.
Segundo Mutemba, a intervenção do PNG na produção do café se circunscreve na reposição da cobertura vegetal da floresta, que tem estado a ser destruída devido a práticas agrícolas insustentáveis (corte e queimadas e agricultura itinerante), bem como na consociação a prática desta cultura e a segurança alimentar, que é a tradição da população.
Com o apoio técnico que estamos a prestar, estamos a contribuir para que a população melhore a segurança alimentar e ao mesmo tempo contribuir para a protecção da floresta húmida da serra da Gorongosa, disse Mutemba.
Ele revelou que o café é uma cultura de rendimento, visto que, produzido, afigurar-se como uma alternativa de renda para o incremento da segurança económica e até da resiliência da população.
Mutemba afirmou que as primeiras colheitas e o processamento a título experimental inclusive já iniciaram. Assim que tivermos acesso pleno à serra da Gorongosa, poderemos colher mais, visto que o ciclo entre o plantio e a colheita leva pelo menos quatro anos e é precisamente neste 2017 que nós estamos a colher o primeiro café e a fazer os investimentos que são necessários para poder cobrir as outras etapas da cadeia de valor.
O projecto, de acordo com a fonte, vai continuar tendo como ideia principal o alargamento das áreas de cultivo, bem assim o envolvimento de mais comunidades, para além de prosseguir com o trabalho de extensão e demonstração do potencial existente.
A unidade fabril começará a operar ainda este ano assim que as obras estiverem finalizadas, bem como o acesso da matéria-prima, que neste momento se configura condicionado anotou a fonte.
FF
AIM – 10.04.2017