Sociedade civil em Nampula denuncia
A Solidariedade Moçambique, uma organização da sociedade civil baseada em Nampula, denunciou alegada falta de transparência e forte influência da elite política ligada à Frelimo, partido no poder, nos projectos e investimentos de hidrocarbonetos, sobretudo o petróleo, descoberto ao longo da costa marítima dos distritos de Angoche e Memba.
Segundo António Lagres, pesquisador daquela organização “ a falta de informação em torno dos projectos de prospecção e pesquisa de petróleos em Angoche, particularmente, faz-nos crer que existe neste negócio uma forte influência da elite política, como, aliás, é do conhecimento de muitos, pois que os políticos é que sempre ganham com negócios de gás e petróleo no nosso país”.
Para ele, o secretismo instalado está a criar uma grande insegurança, tendo em conta que verifica-se uma grave exclusão da população e da sociedade civil que, por norma, deve ser parte do processo com o direito de saber sobre todos contornos relativos aos projectos de exploração de hidrocarbonetos nos dois distritos de Nampula.
Segundo o 6º Relatório da Iniciativa de Transparência na Indústria Extractiva (ITIE), em Moçambique, publicado em Dezembro de 2015, o Instituto Nacional de Petróleos (INP) lançou a 23 de Outubro de 2014, a 5ª ronda de licitação cujo encerramento registou-se em 30 de Julho de 2015, para a concessão de áreas de pesquisa de produção de petróleo na parte marítima da Bacia do Rovuma, abrangendo dois blocos de petróleo no distrito de Angoche.
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