A Polícia de Manica deteve 15 pessoas, incluindo três menores, por caça furtiva e extracção ilegal de recursos minerais numa coutada do distrito de Macossa, disse hoje à Lusa fonte da corporação.
Uma operação realizada na sexta-feira pela Polícia Ambiental, no interior da Coutada Nove - uma reserva para safaris e caça desportiva -, conseguiu deter 12 pessoas que faziam pesquisa e extracção ilegal de turmalinas e ouro, disse Elsidia Filipe, porta-voz do comando da Polícia de Manica.
Foram ainda apreendidas enxadas, picaretas e baldes usados no processo de extracção das pedras preciosas, referiu.
De acordo com a polícia, a zona é rica em recursos minerais e concorrida por estrangeiros, que compram o produto para contrabando.
Outras três pessoas, foram detidas em flagrante na mesma reserva ao praticar caça furtiva de espécies em repovoação, tendo sido apreendida uma arma de fogo de fabrico caseiro, com munições e pólvora.
As ocorrências surgem numa altura em que o número de incidentes tinha sido reduzido drasticamente no local, referiu Elsidia Filipe.
Em 2011, além de repovoar a zona com diversos animais, a empresa gestora da coutada introduziu doze leões como medida de combate à caça furtiva que ameaça a sobrevivência de várias espécies daquela região do centro de Moçambique.
Os felinos, introduzidos pela empresa gestora daquela área de conservação e turismo, foram importados do Kruger Park, na África do Sul, para "ajudar a controlar" a caça ilegal, segundo explicou na ocasião à Lusa o administrador do local.
Naquela área de conservação está em curso um projecto turístico ligado à conservação de ecossistemas, da biodiversidade e exploração de potencialidades faunísticas, como produto turístico.
Os recursos naturais mais preponderantes na região são animais, sobretudo antílopes, gazelas, cudos e girafas, além de porcos do mato, javalis, macacos, hienas, entre outras espécies, que estão a ser vítimas de caçadores furtivos.
Lusa – 10.04.2017