do lado da evidência
Quando o véu das dívidas “soberanas” despoletou, a neblina por trás de um copo de vidro, qual cristal, a questão de fundo foi sempre de que o actual Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, não poderia ser tanso e nem parvo no esquema ilegal e inconstitucional, pois a altura dos factos, ele era Ministro da Defesa. E, sendo que o ‘core bussiness’ da contração de tais empréstimos, era a alegação de reforço de defesa da soberania, não fazia nenhum sentido que o titular do pelouro da defesa nacional, esteve à leste do assunto.
No final de semana, por via da rede social mais poderosa a escala global, o Facebook, o vazamento que faltava(?) trouxe a superfície o documento assinado pelo punho e letra de Filipe Nyusi, quando se estava a tratar da Proíndicus....
“Não há bela sem senão”, já reza um velho ditado.
Este último vazamento é capaz de ser ilucidativo da batalha que o seu antecessor travou na Frelimo para a entronização de Nyusi no poder, para, entre outras coisas, nunca surgisse a oportunidade de os moçambicanos ficarem a saber da grande bolada.
Este vazamento pode ser também esclarecedor para que vozes como Jorge Rebelo tinham sido silenciadas por criticarem de peito a berto a compra de favores e do lambebotismo que estava a tomar conta da Frelimo.
Muitas e bastantes interpretações podem ser feitas com o “leak” que coloca Nyusi dentro do “barulho”. O PR no dia que foi entronizado, disse entre outras coias que: “Prosseguirei com o dinamismo do Presidente Guebuza na edificação de infraestruturas básicas e na afirmação da economia moçambicana rumo ao progresso e bem-estar dos moçambicanos”.
Há dias um reputado economista da praça nacional, com créditos além fronteiras, identificou a profussão de negócios de parentes próximos ao presidente Nyusi e, só isso monstra que se for a seguir o seu antecessor, já se pode escrutinar que esta mais próximo do “... progresso e bem estar dos moçambicanos”.
Há dias um reputado economista da praça nacional, com créditos além fronteiras, identificou a profussão de negócios de parentes próximos ao presidente Nyusi e, só isso monstra que se for a seguir o seu antecessor, já se pode escrutinar que está mais próximo do “... progresso e bem estar dos moçambicanos”.
Quando poucos dias faltam para a reputada Kroll entregar o seu relatório de autoria relacionada com estas dívidas contraídas por gente conhecida, incluindo os seus domicílios, seja lá o que lá estiver, a verdade é que os últimos vazamentos, foram ‘in totto’ como luzes no fundo do túnel para onde mandaram os moçambicanos apertar os cintos e se desenrascarem...
Com todos estes cenários e já que perguntar não ofende: Quantos mais segredos faltam para vazarem?
luís nhachote
CM – 13.04.2017