O governo tanzaniano anunciou, sexta-feira, que vai despedir 9.932 funcionários públicos, após uma auditoria ter descoberto que os mesmos haviam adquirido emprego através de certificados falsos.
O Presidente tanzaniano, John Magufuli, que recebeu o relatório da auditoria, disse que os referidos funcionários não vão auferir os seus salários deste mês, tendo também ordenado a instauração de processos judiciais contra os implicados.
Concedeu aos ilegais um prazo válido até 15 Maio para que peçam a sua demissão sob o risco de enfrentarem uma acção legal.
Explicou que deverão ser levados em tribunal para que sejam encarcerados durante sete anos, em conformidade com a lei vigente. São ladrões como tantos outros ladrões. Não é possível ter um bom desempenho se não tiverem as qualificações exigidas, afirmou Magufuli.
O estadista tanzaniano também instruiu o Primeiro-Ministro para publicar imediatamente a identidade das pessoas visadas.
A auditoria cobriu um total de 435,000 funcionários.
O ano passado, o governo tanzaniano descobriu mais de 10 mil trabalhadores fantasmas, que representavam um fardo para o Estado calculado em vários milhões de dólares.
A Tanzânia gasta mensalmente mais de 260 milhões de dólares para pagar os salários da função pública.
AFRICA NEWS/JD/SG
AIM – 29.04.2017