Depois de Alberto Vaquina
Fernando Faustino, Secretário Geral dos Combatentes diz que “os mais espertos assaltaram as fileiras do partido, liderando e ocupando posições de destaque”
Depois de Alberto Vaquina ter dito em entrevista ao Canal de Moçambique que a compra de votos e de consciência para ter acesso aos órgãos do partido Frelimo é um acto “de todo reprovável”, o que criou alguma indignação em certos sectores que operam nesse mercado, desta vez, é o Secretário Geral da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLN), Fernando Faustino que está denunciar “um sistema eleitoral frágil”.
Discursando há momentos no arranque da IV Sessão Extraordinária do Comité Central do partido Frelimo que decorre no Centro de Conferências "Joaquim Chissano" em Maputo, Faustino disse que a actual fragilidade do sistema eleitoral interno da Frelimo já deixou alguns quadros fora do xadrez da máquina estratégica.
"Muitos quadros encontram-se distantes do campo das estratégias de batalha política devido às fragilidades do nosso sistema de eleições internas onde os mais espertos assaltaram as fileiras do partido liderando e ocupando posições de destaque. Por isso a ACLLN clama pelo processo de purificação das fileiras do nosso partido sem contemplações de modo a devolvermos a dignidade ao partido" disse Fernando Faustino.
Teodato Hunguana, membro do Comité Central da Frelimo e antigo combatente, disse ao Canalmoz que subscreve tudo que Fernando Faustino disse e "até muito mais talvez do que não disse que acontece dentro do partido".
Os murmúrios da compra de posições dentro do partido governamental não é necessariamente novo, mas se intensificou eleição Filipe Nyusi para candidato do partido, num processo, ao que se diz, onde imperou “o jogo da mala e dos envelopes” em referência a compra de votos e de consciências.