Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Enquanto a maioria dos moçambicanos se alegra com o anúncio de sucessivas tréguas entre os beligerantes, existem os que continuam maquinando saídas clara e objectivamente lesivas dos interesses da paz, concórdia, desenvolvimento endógeno e inclusivo.
Olham para as "tréguas de tempo indeterminado" anunciadas com temores exacerbados porque não lhes interessa que os moçambicanos se entendam.
Sempre estiveram habituados a impor a sua vontade, a coberto de uma suposta supremacia, que jamais foram capazes de provar, Moçambique e os moçambicanos não serão empurrados para mais guerras fratricidas, por mais divergências de opinião que existam* Independentemente dos interesses das partes e qualquer que seja a cor da pele, tribo, filiação partidária, orientação religiosa, "status" financeiro, somos todos moçambicanos. Enquanto moçambicanos, só faz sentido respeitarmo-nos, o que amiúde não acontece, pelas mais diversas razões. Importa, neste momento crucial de nossa história comum, que redobremos os esforços e inteligências para afastar o espectro das hostilidades militares e lancemos todos as raízes para o estabelecimento de um regime político pluralista, democrático num sentido que seja sentido pelos moçambicanos.
Anos escamoteando a verdadeira história têm-nos conduzido a aventuras belicistas que, afinal, não são mais do que tentativas de impor egos narcisistas.
Preservar e afastar a barbárie política é o mínimo que cada um de nós pode fazer. (Noé Nhantumbo)
CANALMOZ – 10.05.2017