O valor económico total resultante do uso directo e indirecto do mangal do Delta do Zambeze foi estimado em 1.026.582.480 USD por ano, segundo os resultados de um breve levantamento ecológico-económico com vista à avaliação do valor económico dos serviços ecossistémicos dos mangais, efectuado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e a Universidade Eduardo Mondlane através da Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras de Quelimane.
Os resultados deste estudo, a ser lançado esta terça-feira, na cidade de Quelimane, província da Zambézia, indicaram que o uso directo do mangal em estacas, madeira, lenha e produção de carvão vegetal foi estimado em 1.120 USD ha/ano em média, enquanto o seu uso para funções reguladoras, de habitat e de viveiro e regulação climática foram estimadas em 20,000 USD ha/ano, 600 USD ha/ano, e 6.000 USD ha/ano, respectivamente.
Considerando a área total do mangal do Delta (37.034 ha), o uso directo do mangal é avaliado em 41.478.080 USD por ano e o uso indirecto do mangal avaliado em 985.104.400 USD por ano para todo o Delta do Zambeze, o que totaliza USD 1.026.582.480 por ano. Para este levantamento, o WWF e a UEM entrevistaram um total de 573 famílias, distribuídas em 12 aldeias no distrito de Chinde e arredores, na Província da Zambézia. Os mangais do Delta fornecem madeira, estacas e lenha, a partir do qual o carvão é produzido. O valor económico do mangal para exploração florestal sustentável foi estimado em 1.200 USD ha/ano, se explorado para carvão, no período cíclico de 10 anos.
MEDIAFAX – 13.06.2017