Por: John Chekwa
O Instituto para a Comunicação Social da África Austral (MISA Moçambique) divulgou, nesta terça-feira (20) na cidade Chimoio, os resultados do relatório do estudo sobre as violações de liberdades nas Rádios Comunitárias ocorridas no período de tensão político militar (2014-2016).
Trata-se de um estudo realizado nos meses de Março e Abril de 2017, que abrangeu 10 Rádios Comunitárias da Região Centro do País nas Províncias de Manica, Tete e Zambézia, com apoio da Fundação MASC.
Neste encontro foi mencionado que durante o período de conflito armado os jornalistas ficaram sem liberdades, devido às intimidações, silenciamento, censura, agressões, ameaças, pressão política obrigando algumas rádios para não publicar o que estava acontecer no terreno.
“Uma sociedade que não tem pluralismo de ideias é uma sociedade que não evolui. E está provado em todo mundo que sociedades que estão mais avançadas são aquelas que têm liberdades de pensar, de falar, de demonstrar, de desistir entre outras” disse o Presidente do MISA – Moçambique, Fernando Gonçalves.
“Se nós querermos que o nosso país também atinja elevados índices de desenvolvimento, temos que lutar para que essas liberdades sejam implementadas,” avançou, o presidente do MISA- Moçambique ao falar na sessão do lançamento daquele estudo sobre as violações de liberdades nas rádios Comunitárias durante o conflito armado.
Reagindo a este estudo, os participantes deste encontro, compostos por jornalistas de vários órgãos de comunicação social, partidos políticos e associações, louvaram a iniciativa e expressaram os seus sentimentos sobre estes actos e outros aspectos de sustentabilidade que afectam os trabalhos do dia-a-dia, principalmente das Rádios Comunitárias.
Face aos resultados do estudo, o MISA recomendou para que haja um reforço no trabalho das organizações de defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa, para proteger os comunicadores das Rádios Comunitárias em situações de risco e de perigo no país.