O líder da Renamo, o maior partido de oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, tem menos de um mês para ele manifestar, junto do Instituto Nacional de Estatística (INE) a intenção de se recensear, no âmbito do IV Censo Geral da População e Habitação, cuja recolha de dados decorreu de 1 a 15 de Agosto corrente, em todo o território nacional.
Afonso Dhlakama, segundo se sabe, não foi recenseado durante os 16 dias (contando com mais um dia de extensão) que durou o processo, pelo facto de estar num local aparentemente desconhecido, algures na Serra da Gorongosa, na província central de Sofala.
No fim do processo do recenseamento normal, o INE assegurou que caso a Renamo manifestasse interesse e criasse condições (particularmente de segurança), uma brigada do INE poderia deslocar-se ao local em que se encontra Dhlakama para assegurar que ele também conste das estatísticas oficiais, em termos de número global da população.
Segundo o mediaFAX, é nesse âmbito que o INE diz que ainda há tempo e abertura para recensear o líder da Renamo. Entretanto, adverte o INE, os prazos de registo estão a ficar cada vez mais apertados, tendo em conta que o registo de Dhlakama ou de qualquer outra pessoa que tenha apresentado justificação razoável, não poderá ser feito depois do início do inquérito de cobertura. Esta actividade inicia a 16 de Setembro, portanto, daqui a mais ou menos três semanas e terá a duração de 15 dias, tal como aconteceu com o processo de registo.
De acordo com o INE, a Renamo tem esta indicação, daí que espera que nos próximos dias, haja uma reaccão concreta em relação a este assunto.
Ele tem conhecimento de que decorre este processo. É um cidadão nacional e vive neste território. Nosso desejo é que ele seja incorporado no processo, mas, ainda não recebemos nenhuma comunicação do seu partido deu a conhecer o porta-voz, do INE, Cirilo Tembe, falando, esta quarta-feira, ao mediaFAX, ressalvando e chamando atenção para o curto tempo que sobra.
Quando chegar a vez do inquérito de cobertura não haverá mais nada a fazer. Teremos mesmo que fechar o processo de recolha por definitivo, sublinhou.
No fecho do registo regular, o INE tinha contabilizado 26.822.464 habitantes, contra uma previsão fixada em 27.128.530. Em relação aos números encontrados, o INE chamou atenção para a necessidade de se compreender que os 26.8 mil milhões de habitantes não correspondem a dados definitivos.
FF
AIM – 24.08.2017