EMPRESA Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) anuncia que a linha férrea do Limpopo estará interdita ao tráfego de comboios entre os dias 3 e 9 de Outubro, para dar lugar a intervenções de manutenção da infra-estrutura.
Numa nota recebida na nossa Redacção, os CFM ressalvam que a interdição não abrange os comboios de passageiros, que vão circular apenas no troço Maputo-Marracuene-Maputo.
Durante este período, um dos comboios de passageiros partirá de Marracuene às 4.55 horas, chegando a Maputo às 6.42 horas. A outra composição partirá de Maputo às 17: 45 horas, chegando a Marracuene às 19:37 horas.
Entretanto, os CFM não fornecem detalhes sobre a natureza e custo das obras programadas para a linha do Limpopo, mas esclarecem que a interdição da circulação de comboios abrange todas as composições de passageiros de Chicualacuala e de Chókwè.
A empresa também não esclarece o número de comboios de passageiros e de carga que poderão ser afectados por esta interrupção, contudo reconhece que a medida irá causar prejuízos tanto para a empresa, clientes e parceiros, como para o público em geral.
A linha do Limpopo é estratégica para o escoamento de carga, sobretudo de e para o Zimbabwe. Também é responsável pela dinamização da economia e situação social em várias vilas e localidades do sul Moçambique.
Nos últimos anos, os CFM Sul têm vindo a intervir nas linhas com objectivo de melhorar a capacidade de transporte, bem como a segurança do tráfego ferroviário.
Em Junho, a companhia anunciou a interdição temporária nas linhas de Ressano Garcia e Goba, também para dar lugar a trabalhos de manutenção.
Segundo a empresa, estas obras, que haviam sido previamente programadas, tinham em vista reduzir o índice de ocorrência de descarrilamentos naquelas linhas, que permitem que utilizadores da África do Sul, Suazilândia e outros países da região tenham acesso ao Porto de Maputo.
Quanto a estas duas últimas linhas, os CFM definiram como prioridade a recuperação de parte considerável da carga actualmente escoada por estrada.
A África do Sul realiza exportações de carvão e ferro-crómio usando o Porto de Maputo, com uma grande percentagem desta carga a ser transportada em camiões, através da EN4. Por seu turno, a Suazilândia realiza grande parte das exportações do açúcar por estrada, retirando a competitividade da linha de Goba.
NOTÍCIAS- 30.09.2017