Por Edwin Hounnou
A RM - a rádio de todos os moçambicanos - convidou, na manhã de hoje, um grupo de comentadores da Frelimo, nomeadamente, Gustavo Mavie, Fernando Gonçalves, Éssita Sigauque, António Boene e mais um, para falarem do partido a que pertencem, privando por longo tempo, o público de deliciar música, apreciar cultura e outros ensinamentos.
O G40-mor, Gustavo Mavie, chegou ao ponto de afirmar que a eleição de Filipe Nyusi, por uma margem de 99.72% demonstra a vontade de todos os moçambicanos. De que moçambicanos se refere este frelimista? No país existem mais 60 partidos políticos dos quais três têm a representação parlamentar.
Isso de dizer que o partido X, Y ou Z representa todo o povo, pertence ao passado, é falácia recorrida pelo sistema monopartidário ou com ele parecido para legitimar os seus desmandos, sejam políticos, sociais e económicos, tal como tem vindo a acontecer em Moçambique.
Em democracia real, nenhum partido representa a totalidade dos cidadãos de um país. Mavie tem saudades do sistema monopartidário. Todos os membros do G40 presentes no programa disseram que a Frelimo é uma máquina. Eu não entendo isso de ser máquina. Temos visto que, de eleição em eleição, a Frelimo se socorre de fraudes para ganhar um pleito. As nossas memórias ainda estão frescos dos resultados proclamados e validados a partir de um CD. Que raio de máquina se agarra a métodos fraudulentos, metendo a polícia pelo meio para amedrontar e prender os seus adversários. Uma máquina age desse modo?!
(Recebido por email)