A Guiné Equatorial anunciou hoje a assinatura de um memorando com o Governo do Burkina Faso para fornecer gás natural líquido e para a construção de infraestruturas para a importação, armazenamento e transporte de gás.
"O acordo inicial de três anos impele ambas as partes a negociarem o acordo de compra e venda de gás natural liquefeito (LNG, na sigla em inglês) e um acordo de utilização de um terminal que será a base para a primeira troca de LNG", lê-se no comunicado difundido pela Guiné Equatorial.
No documento, explica-se também que será este país da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a "explorar e produzir o petróleo e gás no Burkina Faso".
Citado no comunicado, o ministro das Minas e Hidrocarbonetos da Guiné Equatorial disse estar "muito agradado com este acordo e por ter a oportunidade de fornecer” o Burkina Faso “com recursos cruciais de gás".
Para Gabriel Mbaga Obiang Lima, "esta colaboração com o Burkina Faso, uma parte da iniciativa LNG 2 Africa, sublinha a importante responsabilidade que os países africanos têm em cooperar no sector da energia e construir a necessária infraestrutura para fortalecer as economias".
A Guiné Equatorial é o terceiro maior produtor de petróleo em África, com menos de 300 mil barris por dia, muito longe de Angola e Nigéria, que lideram a produção com perto de 2 milhões de barris diários.
O mais recente país da Organização dos Países Exportadores de Petróleo exporta 3,4 milhões de toneladas de LNG por ano para vários destinos a nível mundial, e está empenhado em expandir fortemente esta produção, nomeadamente através do projecto Fortuna FLNG, que pode aumentar a produção em 2,2 milhões de toneladas, e cuja decisão final de investimento deverá ser tomada no final deste ano.
Lusa – 18.09.2017