Centelha por Viriato Caetano Dias ([email protected])
Um político pode mudar de pele muitas vezes, como uma cobra. Uma vez por dia, uma vez por mês, uma vez por ano, não interessa. Os políticos são sempre cobras. Mudam de ponto de vista quantas vezes precisarem. Podem ser heróis e vilões ao mesmo tempo. Os seus únicos objectivos são políticos. Seja quem forem as vítimas, para eles isso não é um problema. Major Alfredo Alves Reinado (1968-2008), foi um militar timorense.
Às vezes fico a pensar: o que teria acontecido a Moçambique se a Frelimo não estivesse no poder? A razão é evidente: teríamos perdido a nossa independência, conquistada com sangue e com suor de muitas gerações sucessivas. Se metade dos analistas soubesse quanto custa a defesa da pátria, talvez não optassem em confundir a opinião pública com carradas de inverdades, atiçando o ódio contra a Frelimo. Com a cumplicidade de alguma comunicação social, fazem análises aberrantes que me causam uma profunda indignação e deixam-me quase sempre com uma tremenda dúvida: para que serve o cérebro?
Todos os dias, no campo de defesa e segurança, há uma luta silenciosa que é feita para manter-se firme a integridade territorial moçambicana. Infelizmente, esses analistas ignoram o motor do pêndulo e preferem esmiuçar os ponteiros. Perturbam-se com pequenos episódios de caminho, o que os torna incapazes de ter uma visão mais larga.
O sindicato da crítica questiona o facto de Moçambique ter comprado armas da Coreia do Norte, tida como “Lobo Mau” das Relações Internacionais. Penso que a denúncia das Nações Unidas, mais do que tentar estabelecer o predomínio da ética, pretende dar continuidade a vingança ingloriosa dos doadores. Este processo nasceu para sancionar Moçambique e Angola, países africanos bafejados pelos recursos naturais e que têm estado a consolidar as relações políticas e económicas com a China, “inimiga” visceral do Ocidente.
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