DE LIMITAR IMPORTAÇÃO DE LEGUMINOSAS
A decisão da Índia de congelar a importação de alguns tipos de leguminosas a fim de proteger os preços na produção local fez com que diversos agricultores de Moçambique tenham ficado sem mercado para exportar a sua produção.
Mais de 300 toneladas de feijão bóer produzidas na presente campanha agrícola nos distritos de Ancuabe, Montepuez, Chiúre, Balama e Namuno, zona sul da província nortenha de Cabo Delgado, correm o risco de se deteriorar por falta de mercado.
Em consequência da decisão do Governo indiano, o preço de compra ao produtor daquela leguminosa tem estado a baixar nos últimos dias, tendo caído de 60 meticais/quilograma para 15 a 10 meticais neste momento.
Ansumane Tawacali, um dos camponeses afectados pela falta de mercado, disse ao Notícias que os preços praticados não compensam o esforço desenvolvido para a produção e acrescentou ser necessário resolver o problema do mercado e do preço justo ao produtor.Vasco Mondlane, do projecto de Promoção de Mercados Agrícolas (Promer), reconheceu a existência do problema da falta de mercados, ao nível de Cabo Delgado, para colocação de toda a produção referente à campanha em curso, com destaque para o feijão bóer.
Mondlane adiantou que os preços de compra de produtos agrícolas baixaram significativamente devido, por um lado, ao aumento da oferta e, por outro, à limitação da exportação do feijão bóer para a Índia, que até então constituía o principal mercado.
DN-20.09.2017
NOTA: Recorde aqui http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/sociedade/44193-producao-de-feijao-boer-expande-se-notavelmente.html
Daqui retiro:
“A introdução da variedade 0040 do feijão-bóer desenvolvida pelo Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), no âmbito de um projecto financiado pela Aliança para uma Revolução Verde em África (AGRA) em pouco mais de um milhão de dólares norte-americanos, acabou sendo o principal incentivador do crescimento dos rendimentos que se verifica actualmente.”
Parece pois ter sido antes mais de um milhão de dólares deitado ao lixo. Ou não?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE