A LAM chamou passageiros com destino a Maputo para estarem no aeroporto às 17.30. A delegação do partido estava a regressar. A direcção da LAM em serviço fechou os balcões para os demais passageiros e deu prioridade aos passageiros da Frelimo. Explicaram os funcionários da LAM que foram instruídos para, em primeiro lugar, despachar os frelimistas e, se ainda houver lugar, poderiam atender os demais.
Houve protestos e chefe da escala apenas se limitava a dizer para os que se achassem discriminados escrevessem uma reclamação ou protesto.
É assim em todo o lado...
Os moçambicanos estão habituados a ser discriminados e ficarem em silêncio. São discriminados no emprego quando tentam ingressar na função pública e no acesso a investimentos nem que seja de pequena monta. Agora, a LAM segue o e exploração ou, pelo menos, aceita ordens ilegais, discriminando passageiros em função da filiação partidária.
Que tenham uma companhia deles...
Se isso for uma prática corrente ou uma instrução para discriminar passageiros, eu aconselho o partido Frelimo a criar uma companhia só para transportar os seus membros. Nós pagamos a passagem e não queremos sujeitar a nenhum acto discriminatório.
Eu comprei o bilhete e exijo que a LAM me trate sem qualquer discriminação.
Eu protesto com veemência! Não pedi boleia à LAM. Pago para me transportar com respeito e dignidade. Por isso, eu não aceito que me discriminam!
Um forte protesto dirigido à Direcção da LAM e os autores desse acto devem ser responsabilizados pelos danos morais resultantes da discriminação.
Com rancor, abaixo a partidarização das instituições públicas!