O MINISTRO da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, garantiu que o Governo tudo está a fazer para conseguir o pagamento do décimo terceiro vencimento e pede que a sociedade confie no Executivo, uma vez que ainda não disse que não vai pagar.
Falando ontem, em Maputo, momento após o encerramento da reunião dos directores gerais das Alfândegas da CPLP, Maleiane destacou que brevemente o Governo vai se pronunciar sobre a matéria.
“Eu já disse que o 13º é pago quando as condições estiverem criadas. Estamos a trabalhar nessa perspectiva e, normalmente, nós informamos no princípio do mês de Dezembro, portanto, o que eu posso dizer é que, brevemente, vamos anunciar. Portando, é preciso acertar as contas e termos a certeza de que não teremos problemas no futuro”, disse Maleiane.
O governante garantiu ainda que tudo está a ser feito para que o Executivo consiga pagar os salários como forma de motivar os próprios funcionários.
Na semana passada, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) sugeriu que o Governo cortasse o pagamento do 13º salário e congelasse as progressões dos funcionários, como forma de fazer face à crise económica que o país enfrenta.
Sobre este assunto, Maleiane considera tratar-se da opinião de uma organização e de qualquer cidadão, uma vez que, infelizmente, estamos num país em que cada um está livre de dar a sua opinião, mas, seguramente, a sociedade compreende que não é a posição do Governo.
Disse ainda que a posição do Executivo sobre a matéria vai ser esclarecida em devido tempo, portanto, “espero que a sociedade confie no Governo, não haja pânico, porque nós trabalhamos para que o funcionário volte a ter a regularidade em termo de actos administrativos”.
Adriano Maleiane garantiu que o presidente da CTA não estava a falar em nome do Governo.
O executivo vai falar no lugar e hora apropriada. “A única coisa que é preciso saber é que o Governo sempre quis que o funcionário tivesse o mínimo que a gente está a conseguir, e quando há impossibilidade, com alguma antecedência, nós anunciamos e se isso não é anunciado, quer dizer que se está a trabalhar para que se consiga cumprir esse objectivo”, afiançou.
Falando sobre a XXXII reunião do Conselho de Directores Gerais das Alfândegas dos Países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maleiane disse que a economia do mercado à escala planetária e o contexto de abrandamento da taxa de crescimento a nível mundial exigem das Alfândegas mecanismos mais eficientes de colaboração sinérgica, visando maior controlo da fuga ao fisco e do contrabando e fraude transfronteiriço.
Apontou que estas medidas contribuem para o aumento da receita aduaneira de mercadorias no contexto do comércio internacional.
NOTÍCIAS – 25.11.2017
NOTA: Pois, pois, vêm aí eleições…
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE