Os três principais partidos moçambicanos assinalaram hoje em Maputo que o Zimbabué entrou numa nova era com a saída, na terça-feira, do Presidente Robert Mugabe, que estava no poder há 37 anos.
Em declarações à imprensa na Assembleia da República, o porta-voz da bancada da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Edmundo Galiza Matos, declarou que a saída de Robert Mugabe vai criar condições para que o país entre numa nova fase da sua história.
"Os cidadãos do Zimbabué expressaram a sua vontade e o país entrará num novo rumo, é preciso que os dirigentes respeitem a Constituição, as demais leis e as regras democráticas", afirmou Edmundo Galizos Matos.
Por seu turno, o porta-voz da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), António Muchanga, declarou que o povo zimbabueano pode agora escolher um melhor caminho com a renúncia de Robert Mugabe.
"Espero que o Zimbabué escolha um melhor caminho na era pós-Mugabe, estamos satisfeitos porque não houve derramamento de sangue", disse.
O porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido, Fernando Bismarque, considerou que o povo exerceu a sua soberania, ao apoiar a decisão dos militares de tirarem Robert Mugabe.
"A lição que se pode tirar do que se está a passar no Zimbabué é que o povo é soberano, porque, apesar de ter sido a ala militar, dentro da Constituição, a forçar a saída, o povo apoiou, o povo tem poder, é soberano", afirmou.
Robert Mugabe renunciou na terça-feira por carta enviada ao parlamento ao cargo de Presidente da República, após mais de 37 anos no poder.
Lusa – 22.11.2017
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