Seis candidatos de igual número de formações políticas manifestaram a sua intensão de concorrer ao cargo de Presidente do Conselho Municipal de Nampula, nas eleições intercalares, agendadas para o próximo dia 24 de Janeiro.
Trata-se Sadreque João Mário, escriturário, candidato pela coligação EPovo, constituído pelos Partidos Independente de Moçambique (PIMO), Trabalhista (PT), Reconciliação Nacional(PARENA), Mário Albino, escriturário e Presidente da Acção do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI), Filomena Mutoropa, operadora do ramo de restauração e secretária-geral do Partido Humanitário de Moçambique(PAHUMO, Carlos Saíde, escriturário e quadro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Amisse Cololo António, jurista e director do Secretariado Técnico da Assembleia Provincial, que concorre pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e Paulo Vahanle, docente e deputado da Assembleia da República, pela Resistência Nacional de Moçambique(RENAMO).
Há poucas semanas do início da campanha eleitoral, a decorrer de 9 a 21 de Janeiro, todos concorrentes já estão a difundir as suas políticas de governação, com discursos centrados na promoção do saneamento urbano, provisão dos serviços de abastecimento de água potável, entre várias áreas consideradas de vital importância.
Carlos Saíde do MDM, partido no poder naquela autarquia diz estar ciente na vitória, uma vez que os munícipes continuam a depositar confiança naquele movimento político. Saíde, antigo vereador do pelouro de urbanização, reitera o seu comprometimento em trabalhar para a melhoria das condições de vida de todos munícipes.
Esta posição foi sustentada pelo secretário-geral daquela forca politica, Luís Boavida, durante a cerimónia de apresentação pública do candidato.
Segundo Boavida, nenhum munícipe devera se esquecer das boas marcas de governação do MDM, ao longo dos últimos quatro anos.
Por seu turno, a FRELIMO, na voz do seu candidato, Nampula pode reduzir o gráfico sobre incidência da malária, diarreias agudas e outras doenças epidémicas, se as autoridades municipais tiverem capacidade de interagir com os seus parceiros na elaboração de um plano de contingência, para fazer face as enfermidades de origem hídrica.
Para Caifadine Manasse, Secretario do Comité Central de Mobilização e Propaganda, a reconquista do poder constitui um imperativo para aquela formação política. A FRELIMO que governou a cidade de Nampula entre 1999 e 2013 faz uma apreciação negativa sobre o actual estágio socio- económico da urbe.
Os Partidos PAHUMO e AMUSI apostam na expansão dos serviços de limpeza ao nível dos bairros periféricos. Filomena Mutoropa, que em 15 de Outubro de 2013 concorreu ao cargo de edil de Nampula e cujo processo ditou a realização da segunda volta, reapareceu em peso, manifestando a mesma intensão.
Em jeito de pré-campanha, Mutoropa, a única representante do PAHUMO, na Assembleia Municipal, já avançou algumas linhas de governação, em caso de vitória. A questão de saneamento e de água para as comunidades mais carenciadas constam das suas prioridades. A candidatura de Mutoropa conta com suporte técnico de Cornélio Quivela, presidente do Partido.
Para Quivela, pretende-se que a gestão do município de Nampula seja liderada, não o, por uma mulher, mas uma pessoa idónea e que conhece a realidade social, económica e cultural da regia. Paulo Vahanle e Mário Albino, da REANAMO e AMUSI defendem uma governação municipal transparente e livre de actos de corrupção e onde o volume de acesso ao emprego cresce de forma assinalável.
Com 404 quilómetros quadrados e uma população estimada em cerca de um milhão de habitantes, Nampula figura das cidades mais extensas e populosas do país. Possui actualmente seis postos administrativos e 18 bairros.
Texto: Luís Rodrigues
Jornal Makholo – 05.12.2017