O antigo ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela, esclareceu ao @Verdade que o dinheiro que o Governo precisa para comprar o feijão bóer que ainda está com os camponeses virá dos “Parceiros de Cooperação”.
Após os operadores privados intervenientes na comercialização do feijão bóer terem usado toda a quota que Moçambique tinha para exportar para a Índia em 2017, com muito produto adquirido fora do nosso país, o Governo decidiu assumir a recolha e processamento dos grãos remanescentes nas mãos dos camponeses.
Ao @Verdade o director-geral do Instituto de Cereais de Moçambique(ICM), João Macaringue, explicou no início de Dezembro que “o Governo colocou à disposição até este momento cerca de 3 milhões de dólares norte-americanos para a compra do feijão bóer”, que serão disponibilizados ao Grupo ETG - Export Trading Group “que vai proceder a recolha, processamento e vai armazenar (...)porque é a única que tem três fábricas de processamento e capacidade de armazenamento” no nosso país.
Entretanto Macaringue não soube dizer de onde viriam os fundos necessários visto que no Orçamento de Estado(OE) de 2017 o dinheiro não foi previsto e nem está inscrito na proposta de OE para o próximo ano.
Nesta quinta-feira(14) o antigo ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela, revelou ao @Verdade, já após tomar posse como ministro do Recursos Minerais e Energia, que o dinheiro virá dos “Parceiros de Cooperação”.
Contudo o montante é insuficiente para adquirir as pouco mais de 100 mil toneladas de feijão bóer ainda nas mãos dos agricultores moçambicanos a 10 meticais por quilo.
Uma problema que Tonela deixa para o seu sucessor, que ainda não foi nomeado pelo Presidente da República.
@VERDADE - 14.12.2017