O governo moçambicano está insatisfeito com as receitas provenientes da actividade turística, dado enorme e diversificado potencial de que o país dispõe.
A insatisfação foi manifestada hoje em Maputo, pelo Primeiro-Ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, na abertura da cerimónia de lançamento do primeiro fórum de turismo.
Actualmente, a actividade turística contribui em 2.5 porcento no Produto Interno Bruto (PIB) e emprega 61 mil trabalhadores em todo o país, universo que, na óptica de Carlos Agostinho do Rosário, constitui um desafio para mais desempenho dos intervenientes do sector.
Para fazer face ao cenário, o governante convidou, na ocasião, o sector privado e outros intervenientes da indústria turística, a envolverem-se com maior dinamismo na promoção do produto turístico moçambicano.
Esta percentagem desafia a todos nós, uma vez que o país possui enorme potencial turístico, desde as belas praias e atracções costeiras, a fauna e flora distintas do ecossistema moçambicano e a rica história e cultura do nosso povo, disse o Primeiro-ministro.
A fonte disse igualmente que a indústria turística deve conceber pacotes mais atractivos para os cidadãos nacionais, por considerar que o turismo doméstico é vantajoso, pois, mantêm o exercício da actividade durante o ano, serve de vector de arrecadação de receitas e impulsiona a unidade nacional.
O executivo tem vindo a trabalhar no sentido de criar um ambiente mais favorável ao investimento, e por consequência das reformas, Moçambique subiu oito lugares no índice de competitividade de viagens e turismo. Passou da posição 130 em 2015, para 122 no ano em curso, num total de 141 países avaliados.
A necessidade de formar continuamente os profissionais que prestam serviços nos empreendimentos turísticos e estabelecimentos de restauração e bebidas, está, segundo o primeiro-ministro, entre as apostas do governo para a dinamização da indústria turística.
A gestão de destinos turísticos, com enfoque na requalificação da zona baixa da cidade de Maputo, é o tema central do primeiro Fórum de Turismo, que reúne na capital moçambicana, dezenas de intervenientes da indústria turística.
O Fórum de Turismo, cuja primeira edição decorre hoje, na cidade de Maputo, é um espaço de debate, da iniciativa do Ministério da Cultura e Turismo, no âmbito dos trabalhos do governo, que visam tornar Moçambique num destino turístico de referência.
Víctor África (VA)/le
AIM – 04.12.2017
NOTA: Engraçado que é o próprio 1º Ministro de Moçambique que quer dividir os turistas em de 1ª e 2ª classes. Claro que os de 2ª serão os moçambicanos com “pacotes especiais”. Caso o Sr. faça turismo em Moçambique(?) será que também aproveitará o “pacote de segunda”?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE