O processo-crime número 92/2016, no qual 24 co-réus – entre eles ex-funcionários do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA), a respectiva antiga Presidente do Conselho de Administração e demais pessoas alheias à mesma instituição – são julgados pela Sétima Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM), indiciados de roubo de cerca de 170 milhões de milhões, chega ao fim a 20 de Dezembro em curso, com a proferição da sentença pelo juiz Alexandre Samuel, caso ele não decida, por alguma razão, prorrogar a decisão. A defesa acusou, vigorosamente, o Ministério Público (MP) de ter sido mero expectador na investigação criminal, o que coloca em mãos alheias os seus créditos de titular da acção penal.
Aquando do início do julgamento, a 12 de Setembro passado, o MP, representando por João Nhane, declarou, em tom endurecido, estar convicto de que a ex-PCA do FDA, Setina Titosse, urdiu e encabeçou um esquema de saque do dinheiro em questão, via e-SISTAFE, em conluio com os seus subordinados, amigos, familiares e demais indivíduos alheios àquela entidade vocacionada para o fomento agro-pecuário.
Em suma, a referida artimanha consistiu em forjar projectos de financiamento cujo dinheiro beneficiava a mutuários previamente seleccionados e instrumentalizados para, meia-volta, canalizarem os mesmos fundos à Setina Titosse, segundo a acusação do MP.
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