Comando Distrital de Massingir
- Trata-se do chefe de operações e um agente do SERNIC, denunciados pelos furtivos depois de estes últimos terem caído nas malhas da corporação
Em mais uma ocorrência que prova o elevado nível de infiltração da corporação por gangs criminosas, dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) estão detidos desde segunda-feira da semana passada, acusados de terem roubado e vendido três armas de fogo a dois caçadores furtivos.
E não são agentes quaisquer. São agentes com um nível de responsabilidade que lhes exige outro tipo de comportamento no que ao combate ao crime, diz respeito. Trata-se do chefe de operações do Comando Distrital da PRM, José João Campira, e ainda o agente do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), Beguine Armando, os dois afectos ao Comando da Polícia da República de Moçambique de Massingir, na província de Gaza.
Depois do negócio consumado e já a desfrutarem o dinheiro, eis que o grupo dos dois furtivos cai nas malhas de agentes “honestos”. Da investigação, os dois furtivos não conseguiram dar outra versão da proveniência das armas, tendo entregado “de bandeja” os agentes em quem tinham adquirido as armas de fogo.
O mediaFAX contactou, na tarde de ontem, o porta-voz da Polícia da República de Moçambique na província de Gaza, Edgar Juvane, que confirmou a ocorrência.
Na ocasião, Juvane esclareceu que os dois agentes são acusados de cometimento de crime de furto qualificado e extravio de bens militares.
“As autoridades tomaram conhecimento do envolvimento dos dois agentes por via dos furtivos. Estes confessam que as armas que possuíam adquiriram com os dois agentes”, confirmou Edgar Juvane, acrescentando que um processo disciplinar já foi aberto ao nível da corporação, enquanto o criminal corre seus trâmites em outras instituições da administração da justiça.
Neste momento, soubemos, José Campira e Beguine Armando encontram-se encarcerados nas celas do Comando Distrital de Massingir, local de onde surripiaram as armas de fogo. (Ilódio Bata)
MEDIA FAX – 12.12.2017
NOTA: Quer dizer que desaparecem 3 armas de um posto policial e ninguém dá por ela. E não deverá ser caso único…
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE